Quando há cerca de duas semanas aqui mostrei o meu pucarinho de faiança da família ratinha, muito semelhante a um exemplar do acervo do Museu de Aveiro com que hoje abro esta apresentação, houve várias reações de apreço por este pequeno objeto rústico de faiança.
Pucarinho do Museu de Aveiro |
Não haja dúvida que os pucarinhos ou pucarinhas são peças bem graciosas que suscitam uma adesão imediata, talvez relacionada com memórias da nossa infância.
Sendo o púcaro um recipiente já de pequenas dimensões, o seu diminutivo, para além do significado de pequenez, tem uma conotação de carinho. Paralelamente ao nome masculino também surge por vezes o correspondente feminino e o respetivo diminutivo, pucarinha, termo que mantém a mesma carga afetiva. Seriam peças muitas vezes destinadas a humildes ofertas, lembranças que a mãe ou a avó traziam da feira como pequeno mimo para os mais pequenos.
Agora, graças à generosa partilha de fotos da CC, que na altura comentou o primeiro post, podemos apreciar mais três exemplares da sua coleção de faiança ratinha e até analisar semelhanças e diferenças. É verdade que as tonalidades dependem muito da luz com que se tirou a fotografia, mas cores e formatos estão aí para se poderem comparar.
Há uma diferença notória no formato das asas entre os dois primeiros e os terceiro e quarto, o que não me surpreende dada a existência de várias olarias que se dedicavam a este tipo de produção, não só na cidade de Coimbra, mas em localidades dos arredores. Há ainda a possibilidade de os dois primeiros serem produção de Aveiro, hipótese que eu já levantei na resposta a um comentário no outro post, mas sem a poder fundamentar. Pode ainda ser uma questão de diferentes épocas, dado tratar-se de uma faiança produzida ao longo de mais de cem anos, havendo certamente diferenças, na pasta, na decoração e na forma, entre as peças mais antigas e as mais recentes.
Quanto ao último pucarinho, não é, como os restantes, do tipo "asado", nome que ainda há 50 anos se dava na região de Coimbra às vasilhas de barro com duas asas, mas o corpo mantém um formato muito semelhante ao das outras peças.
Este é um exemplar do Museu Nacional Machado de Castro, em tudo semelhante ao segundo enviado pela CC, mas também com muitas afinidades decorativas e formais com o primeiro desses três, saídos certamente da mesma olaria coimbrã.
As dimensões são muito próximas em todos eles: entre 12,5cm a 13,5 cm de altura e 13cm a 16cm de largura.
Entretanto, como trago em mãos um livro interessantíssimo de Rui André Alves Trindade: Revestimentos cerâmicos portugueses: meados do século XIV à primeira metade do século XVI, Edições Colibri, Lisboa, 2007, achei que vinha a propósito acrescentar aqui a reprodução de um documento, entre muitos que lá encontrei, este do reinado de D. João I relativo à atividade dos oleiros da cidade de Évora, com a curiosidade de fazer referência a púcaras, pucarinhos e pucarinhas.
Termino estas minhas pouco doutas considerações com um agradecimento à CC por nos permitir encher os olhos e a alma com a partilha de algumas belezas da nossa arte popular mais autêntica.
Pucarinho do Museu Nacional Machado de Castro |
As dimensões são muito próximas em todos eles: entre 12,5cm a 13,5 cm de altura e 13cm a 16cm de largura.
Entretanto, como trago em mãos um livro interessantíssimo de Rui André Alves Trindade: Revestimentos cerâmicos portugueses: meados do século XIV à primeira metade do século XVI, Edições Colibri, Lisboa, 2007, achei que vinha a propósito acrescentar aqui a reprodução de um documento, entre muitos que lá encontrei, este do reinado de D. João I relativo à atividade dos oleiros da cidade de Évora, com a curiosidade de fazer referência a púcaras, pucarinhos e pucarinhas.
Termino estas minhas pouco doutas considerações com um agradecimento à CC por nos permitir encher os olhos e a alma com a partilha de algumas belezas da nossa arte popular mais autêntica.
Olá Maria Andrade. Surpreendente mais uma vez esta amostragem de peças raras e de beleza atroz.
ResponderEliminarParabéns à CC- julgo a 2ª comentadora dita - misteriosa, porque a 1º já sabemos quem é - extensivo a si que tão bem soube compilar o post com a exposição das peças e falar delas.
Posto isto saltou-me logo à cabeça que o termo usado - Pucarinhos - não se encaixa na minha cabeça.Desde miúda conheci e vi púcaros apenas de uma asa...fui ver na net e descobri o mesmo -
pú-ca-ro - Vaso com uma asa, metálico( esmalte, alumínio ou inox e de barro, para líquidos.
Pequeno vaso usado como depósito de pó-de-arroz.
Pequeno vaso com asa, geralmente destinado a extrair líquidos de outros vasos maiores e,...
Tenho um púcaro minúsculo em barro vidrado por dentro a amarelo que servia para no lume derreter a inchunda de galinha e com ela se fazia um unguento contra as queimaduras( era da avó do meu marido e havia ainda outro)
Havia uns maiores, coisa de meio e litro que serviam para fazer a cevada ao lume, estavam sempre na cama da cinza, e havia gente que não tinha dinheiro para os comprar e nunca os teve - faziam a cevada em panelas de ferro de 3 pés e na fervura afogavam uma brasa para a borra acentar.
Havia cantarinhas e barris para a água fresca das fontes ou das minas, já que a dos poços servia para cozinhar, lavar e regar.
Cântaros nas cantareiras com água para usos na cozinha.
Posto isto e voltando à amostragem apraz-me dizer:
O exemplar do Museu de Aveiro é de fato muito idêntico ao seu e relendo o livro de cerâmica de Sandão constata-se um prato com o mesmo tom verde cobre e castanho escuro tendo origem em Aveiro, possivelmente da fábrica do Côjo que foi fundada em 17..
As peças da CC para mim são de fabrico Coimbrão - a chamada loiça ratinha.
Sabendo que as pessoas eram muito pobres quando casavam tinham apenas o indispensável que muitas vezes eram oferendas de casamento: bacia de faiança com chouriças, bacia com queijos curados e prato com arroz doce...só voltariam a comprar loiça para o casamento do 1º filho.
O avô do meu marido há mais de 60 anos cumpriu esse ritual:encomendou ao futuro genro que trabalhava em Lisboa dúzia e meia de pratos de Sacavém, sendo que ele foi à feira do Avelar com a carroça e trouxe embrulhado em palha:duas terrinas da Lusitânia;um prato grande do Outeiro Águeda; uma travessa oval Sacavém e mais uns pratos Lusitânia.Comprava-se o necessário que por falta de mobiliário na sala os guardou décadas até serem partilhados numa prateleira aérea da adega, onde os cheguei a ver.Isto leva-me a concluir que estas peças aqui apresentadas teriam outra funcionalidade . Não sei se serão vidradas por dentro. Ao serem teriam outra utilidade que não água.Mas a pensar em guardarem mel, manteiga tinham de ter tampa e tal não lhes vejo jeito.
A terem duas asas sempre chamei - asados. Conheci-os vidrados a castanho para neles se guardarem em azeite - chouriças e queijos do Rabaçal.
Pergunta-se e então e estes?
Pois não sei para o que serviriam...e muito menos o seu verdadeiro nome, apesar de saber que alguém com mérito os catalogou e assim são conhecidos em Museus.
Uma coisa é certa eram guardadores de algo precioso...que só gente endinheirada os comprava. Nunca vi nada do género senão aqui e em Museus.
A penúltima peça - uma cantarinha - ainda se fizeram iguais em barro sem pintura- tenho uma com asa entrançada. Não há dúvidas que serviu água, vinho, água pé ou até leite.
Deus me livre de contrariar o saber da Maria Andrade - não acredito que as mães as compravam nas feiras para alegria dos filhos...além de grandes não lhe vejo serventia para crianças, são pesadas para as suster nas mãos...
Agora na nossa geração,podia ser as mães comprarem, a minha comprou mas nas gerações de antanho o dinheiro era escasso nas famílias do povo.
Desculpe estas minhas divagações.
Beijos
Isabel
Maria Isabel, temos aqui um belo tema para desenvolver! :)
ResponderEliminarSabe, as línguas e o respetivo vocabulário têm uma história, vão evoluindo, nalguns casos, o mesmo objeto vai adquirindo nomes novos e os antigos quase se perdem, noutros é o objeto que vai evoluindo, vai-se modificando mas mantém o nome, porque se mantém a função, e foi isso que aconteceu com a palavra púcaro, usada na língua portuguesa há muitos séculos, com origem no Latim. Para nós hoje é um pequeno recipiente de metal - alumínio, esmalte ou inox- de lados retos e com uma asa, mas não seria esse o púcaro do passado. Penso que no caso de serem de barro, como é o caso destes, usava-se mais o termo púcara ou pucarinha.Tenho alguns dicionários antigos e quando me surgem dúvidas deste tipo ou em relação a palavras caídas em desuso, é a eles que recorro.
Encontrei definições de púcaro que referem ou não a asa, por exemplo: “pequeno vaso que serve para tirar pequenas porções de líquido de recipientes grandes”; ou no Dicionário da Porto Editora:” vaso com asa destinado a tirar líquidos de outros vasos maiores”e penso que é esta função de tirar líquidos de outros recipientes maiores e não tanto a forma ou o número de asas que individualiza o objeto com este nome. O púcaro, nas cozinhas, destinava-se a tirar água de um cântaro e se se destinava às crianças poderia ter duas asas para lhes facilitar o ato de beber. O meu pucarinho pesa 300g, com o bojo cheio cerca de 500g, o que qualquer criança a partir dos 2 anos - ou ainda menos, com ajuda - consegue segurar com ambas as mãos para beber por ele - e olhe que eu ando em reciclagem intensiva nos assuntos ligados à infância... LOL
Os estudiosos destas matérias, não usam estes nomes por acaso, baseiam-se em documentos, como os regimentos de oleiros e malegueiros, listas dos produtos das suas oficinas, algumas recuando à Idade Média, em que se faz referência a púcaros, púcaras , pucarinhos e até “pucarinhos mais pequenos para os moços”.
Quanto à hipótese de o meu pucarinho (ou pucarinha) e o do Museu de Aveiro serem produção daquela cidade, também a acho credível e eu própria já a tinha colocado, mas penso que não há estudos que possam sustentar esta teoria.
Muito obrigada pelo empenho posto no seu comentário e pelas histórias que aqui trouxe.
Abraços
Lindos os pucarinhos!! A Segunda Seguidora Anónima tem uma colecção admirável da cerâmica da região de Coimbra e um enorme interesse pela arte.
ResponderEliminarO Português é uma língua antiga e os significados foram evoluindo. Os meus colegas no museu, entre os quais o autor dos "Revestimentos cerâmicos portugueses: meados do século XIV à primeira metade do século XVI", pedem imenso na biblioteca um dicionário setecentista, o Vocabulario portuguez e latino" de Bluteau, precisamente para saberem o significado que um termo de faiança ou mobiliário tinha no século XVIII. É curioso que este livro, que foi o primeiro dicionário de português e que já conta com cerca de 250 anos seja tanto ou mais consultado que uma publicação com 10 ou 15 anos.
Bjos
Luís, não haja dúvida que trabalha num ambiente privilegiado, como eu o invejo!
EliminarMas também é invejável a coleção que a CC vai reunindo e de que nos vai dando a apreciar algumas belas peças!
Pensava que este autor, Rui Trindade, estava ligado ao Palácio Nacional de Sintra, e afinal sei agora que é seu colega. Esta obra causou-me algumas perplexidades que eu bem gostaria de discutir com ele, pode ser que algum um dia...
Quanto ao dicionário de Rafael Bluteau, lembro-me de o referirmos em Literatura Portuguesa nos meus longínquos anos de liceu. Deve ser um verdadeiro portento, mas eu nunca tive o prazer de o folhear. Já o Luís convive com estas preciosidades no seu dia a dia e graças a elas recebe visitas interessantes para as consultas. :)
Beijos
Maria Andrade, as peças que apresenta (chamo-lhes "peças" para não entrar nas divisões de púcaros, púcaras e quejandos) são de mirar e remirar e ficar encantado; então o do Machado de Castro até apetece roubar!!!!
ResponderEliminarEm casa da minha avó, aí para essas bandas, eram chamadas de "asados" todas as peças com alguma dimensão que tivessem quer uma, quer duas asas, e assim ela arrumava o problema!
Vindo das Áfricas, sem saber o que era um cântaro, ou outro qualquer objeto do mesmo teor, e ela me pedia o asado ... eu ficava logo desasado ... o que seria que ela quereria?
Depois entendi que "asado" era qualquer objeto de barro com uma ou duas asas.
Era o "asado" das brasas, o do azeite, o da água, o das azeitonas, enfim, um sem número de finalidades para estes recipientes.
"Púcaro" era sempre mais pequeno que a "púcara", e era o instrumento com que se tirava a água do cântaro, o azeite da pia ou do "pote", que já não tinha asas, ou do asado do mel.
A "púcara" ou "púcarinha" seria o recipiente que ela colocava ao lado do lume para ter água sempre quente para o chá de infusão (ao qual ela também chamava de "infusa") com que ela regava o período pós-ceia (o vulgar jantar).
O "pucarinho" era o nome que ela dava ao "púcaro" quando estava bem disposta! Era sempre bom augúrio!
Mas todos estes termos eram usados de forma corriqueira pela gente daquela geração, pois hoje, os mais jovens, ainda que, possivelmente, talvez os conheçam, já ninguém os utiliza.
O plástico e o metal invadiram as casas e, quando deitados ao lixo, levam eternidades até desaparecerem.
Mas não me canso de admirar o asado do Machado de Castro, que peça fabulosa.
Há tanto tempo que quero visitar este museu ... debalde!
Uma boa semana
Manel
Manel, começo pelo fim dizendo-lhe que também eu anseio pela reabertura do Museu Machado de Castro e faço sinceros votos para que a fabulosa coleção de faiança esteja bem representada na exposição permanente em vez de encher os espaços das reservas.
EliminarOuvi dizer há pouco tempo que a reabertura está para breve mas não tenho confirmação "oficial".
Gostei de o ver partilhar aqui, de forma viva e divertida, as suas vivências relacionadas com estes objetos na casa da sua avó, até acho que é assim que se ajuda a fazer luz sobre eles e a forma como eram utilizados.
Eu ainda me lembro de haver cântaros em casa dos meus avós, mas já havia água canalizada e por isso só serviam para ir buscar água fresca para beber, à fonte que era perto; os púcaros só me lembro dos de esmalte, nada de barro. Havia uma peça interessante,caneca ou jarro ou picheira(?) de barro vidrado com que a minha avó (paterna) tirava o azeite do pote e que ainda hoje tenho. De resto, não me lembro de nada de especial deste género, mas eu vivia grandes temporadas longe deles, só vinha de visita.
Uma boa semana também para si e obrigada pelo comentário.
Um abraço
They are beautiful little works of art!
ResponderEliminarHi Diann,
EliminarI'm glad you appreciated these pottery jugs.
Thanks for the visit.
Cara Maria Clara, uma vez mais uma excelente abordagem ao tema.
ResponderEliminarJulgo que a designação das peças foi sendo diferente ao longo dos tempos. Pesquisando os poucos catálogos existentes sobre faiança coimbrã podemos ver a peça de uma só asa aqui apresentadade no Cerâmica de Coimbra de Maio de 1965 com a seguinte descrição «CANECA», de referir que nessa exposição, apesar de descritos inúmeros pratos, apenas referência a outra peça como as nossas. Na exposição do MNA de 1998 foram analisados centenas de pratos e alguidares todavia entre pichéis e pucarinhos, nome adotado nessa exposição, apenas foram catalogados 12 exemplares sendo considerados apenas 1% da produção total de faiança ratinho. Por aqui já podemos ter uma ideia da raridade deste tipo de exemplares e o encanto que sobre nós exercem... Apenas de referir que relativamente aos pichéis existem os elementos decorativos inconfundíveis todavia já tive oportunidade de ver diferentes formatos e dimensões. Pode ser que num próximo dia de sorte a Maria Clara descubra um pichel e possamos aqui fazer uma comparação de formas :)
Um abraço, CC
Cara CC,
EliminarEm primeiro lugar deixe-me corrigir o nome, que é Maria Andrade :)
A abordagem que fiz aqui aos pucarinhos foi a possível, dada a escassez de dados sobre esta tipologia de faianças.
Por isso, agradeço-lhe ter vindo acrescentar a informação de que dispõe com o acesso que tem tido a exposições e catálogos, graças ao interesse especial que dedica às faianças de Coimbra.
Conhecia vagamente o termo "pichel" mas estou mais familiarizada com "picheira", não sei se são nomes afins para objetos semelhantes, mas agora vou tentar investigar. :)
Um abraço também para si e mais uma vez obrigada pela disponibilidade.
Afinal, graças a esta conversa descobri que pichel, picheira, picho, pincha e pichorra são todos recipientes da mesma família, usados para vinho, mas uns com bico e outros sem. Fiquei a saber que especificamente o pichel ou picho era usado para tirar vinho das pipas e para o beber nas adegas e certamente havia-os, como diz, com várias formas e tamanhos. Mas aqui nesta zona, por exemplo, chamam-lhes canecos. :)
EliminarEnfim, uma confusão de termos, alguns regionalismos, que, desaparecendo o contexto, é difícil dominar.
Agora, só me falta ter a sorte de encontrar um pichel ratinho, ou um caneco, ou uma caneca, sei lá... :)
These are certainly different but beautiful & intriguing in their design. I really like the colors, especially the teal!
ResponderEliminarHello Anne,
EliminarThat kind of teal colour is in fact beautiful, I'm glad you liked these rustic jugs.
Thanks for visiting.
Olá Maria Andrade. Ainda ando às voltas com este post fascinante.E que tanto se aprendeu nele!
ResponderEliminarFalando na eventualidade de uma olaria na zona do Louriçal - a que conheço é na Bidoeira, pertence a Pombal - e de sempre me lembro as gentes de Ramalhais vender os seus produtos em barro lá fabricados - quando for a Ansião vou conversar com um deles para ver se consigo saber mais - encontrei uma monografia na net sobre cerâmica que fala sobre os púcaros,do seu fabrico em - Lisboa,Estremoz, Montemor-o-Novo, Sardoal, Aveiro e Pombal ( estes muito estimados) são fabricados de barros igualmente selectos, não sendo por desprezar a loiça de barro que se
fabrica na Villa das Caldas.
Sobre o termo pixel - em Ansião é o nome dado aos copinhos pequeninos de vidro onde eu muitas vezes bebi o abafado numa adega dum amigo do meu pai enquanto os homens bebiam copos de vinho.Tenho uma vasta coleção deles e a minha filha na sua casa também.
Quanto aos canecos ratinho - também os há e os vi - curiosamente isto dos regionalismos tem muita graça, por ali chama-se canecas tal como o chouriço lá se chama chouriça e leitoa na vez de leitão...havia um minúsculo com asa que foi pertença do avô do meu marido,herança de um tio, quando for a casa dele vou pedir para o fotografar, e havia um de meio litro com flores que se tinha partido cheio de gatos no inicio do bojo, mesmo assim lindo, ficou com a minha cunhada...culpa minha que o descobri numa arca da casa da avó Rosa do meu marido e devia ter ficado com ele...
Ainda se há-de voltar a falar de púcaros!
Beijos
Isabel
Olá Maria Isabel,
EliminarMuito obrigada por mais estas achegas, não só acerca da olaria na zona do Louriçal, mas também sobre púcaros e canecas usadas na sua zona e os tais copinhos a que aí se aplica o termo pixel, o que não é de estranhar,já que os usam para beber nas adegas.
Também guardei alguns copos pequenos de vidro de casa dos meus avós, porque os acho objetos muito graciosos... e quem gosta de velharias, enquanto houver espaço... guarda tudo! LOL
Espero que na próxima ida a Ansião consiga saber algo de mais concreto sobre a existência dessa olaria na Bidoeira, e também que consiga fotografar esses púcaros ou canecas da família do seu marido para os mostrar no seu blogue.
Um abraço
Curioso, recordo-me agora num barzeco popular numa rua de Cáceres, de o empregado nos perguntar se queriamos um beber un pincho. Eu que achei que ele nos queria impingir alguma aguardente local disse-lhe que não, mas provavelmente o pincho seria um copinho de vinho,
ResponderEliminarLuís, espanhol não é o meu forte, mas eu penso que eles usam o termo "pincho" para um tipo de "tapas", os petiscos que eles servem nos bares como refeições ligeiras ou só para beber um copo. Não faço ideia se a palavra também terá esse sentido de copo de vinho, nunca ouvi o termo como tal.
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