sexta-feira, 23 de março de 2012

Florzinhas de Sacavém

Talvez porque as flores da Primavera começam a aparecer por todo o lado...












Entre as dezenas de motivos que a Fábrica de Sacavém utilizou ao longo dos cerca  de 130 anos de atividade (desde os anos 50 do séc. XIX aos anos 80 do séc. XX), contam-se muitos motivos florais, quer monocromáticos, quer policromáticos.
Os que mostro hoje são todos policromáticos e com o mesmo tipo de decoração: raminhos de flores miúdas espalhados pelas peças.

Esta chávena e dois pires, moldados em gomos, apresentam uns toques de pintura à mão sobre um desenho estampado no motivo "Mimoso".


 
Curiosamente, a chávena não está marcada e os pires têm carimbos diferentes: um tem a marca de fabrico Real Fábrica de Sacavém, B.H.S. & C.ª, usada de 1886 a 1905; o outro ostenta o nome de um estabelecimento comercial do Porto que vendia estas loiças, a Casa Buisson, 45, Rua S. António. O nome do motivo, "Mimoso", pode ver-se por cima da âncora do carimbo Real Fábrica. Em ambos os pires vê-se ainda a marca gravada na pasta com a coroa real e a palavra Sacavém por baixo. 


Estes dois pratinhos ou covilhetes, com o mesmo molde gomado só na orla, têm decorações estampadas ligeiramente diferentes, formando motivos cujo nome desconheço. Estão ambos marcados com a coroa e a palavra Sacavém a maiúsculas incisas na pasta, como se vê em cima, marca introduzida em 1885-1886, portanto serão de final do século XIX.

Embora não estivesse a pensar publicar estas peças de Sacavém, o verdadeiro motivo para o fazer agora foi o envio de fotos de várias peças de faiança por parte de um seguidor deste blogue, o Jorge Pereira. Entre elas está uma travessa também decorada com flores deste tipo, mas sem marca visível, pelo que o nosso amigo não lhe consegue atribuir fabrico e pediu a minha ajuda.


 Logo que a vi, pareceu-me Sacavém, pela decoração e pelo formato moldado daquela maneira nos cantos.
É o mesmo molde de uma travessa motivo "Outono" que aparece num catálogo do Museu de Sacavém - Primeiras peças da produção da Fábrica de Loiça de Sacavém, o papel do Coleccionador - e que está descrita do seguinte modo:
"Peça moldada de formato rectangular, aba relevada e bordo ondulado, com decoração policromática, por técnica de estamparia, constituída por seis composições florais dispostas simetricamente ..."
À exceção das composições florais do motivo Outono, que são diferentes, tudo o resto se aplica às caraterísticas da travessa deste seguidor.
Mas depois de analisar as minhas peças Sacavém com motivos florais que mostro em cima, descobri que as desta travessa são muito parecidas com as dos covilhetes, talvez iguais às de um deles.


Nesta fotografia nota-se ao centro que há uma marca incisa na pasta, mas não identificável. Penso que seja a coroa de Sacavém, mas sem certezas. De qualquer modo, julgo  não restarem muitas dúvidas de que a travessa é de Sacavém. Se estiver enganada, poderá sempre surgir aqui alguém que nos esclareça.

A travessa motivo Outono do catálogo do Museu da Fábrica de Sacavém

sábado, 17 de março de 2012

"O Cubo", um bule famoso - "The Cube", a famous teapot

A luz quase primaveril a entrar pela janela
Embora este post tenha sido preparado no fim de semana, resolvi guardá-lo para participar no Tea Cup TuesdayTea Time Tuesday e Tuesday Cuppa Tea, por isso só hoje, segunda-feira, o publiquei.
É sobre o meu bule The Cube, um verdadeiro ícone do design moderno, geralmente associado ao período Arte Deco, cuja forma cúbica foi concebida pelo seu inventor inglês, Robert Crawford Johnson. É considerado o maior êxito de vendas jamais alcançado por um bule patenteado.




Este exemplar, encontrei-o há anos numa feira de velharias, cá em Portugal, e sem saber nada dele, só por aquela forma inesperada, adquiri-o sem hesitar.
Como tem o nome escrito numa espécie de rótulo na base, a par do nome do fabricante, George Clews & Co, Ltd, foi-me fácil fazer a pesquisa e perceber do que se tratava.


Tendo sido patenteado em 1917, durante a 1ª Guerra Mundial, talvez por isso só veio a ser fabricado a partir de 1920, tendo então suscitado o interesse de vários fabricantes, quer de faiança, quer de porcelana.

No rótulo pode ler-se: The Cube Brit. Pat.110951 George Clews & Co Ltd Tunstall England USA Patent 1380066 31.5.21 Made in England
A forma tem aspetos totalmente inovadores, como a incorporação do bico e da pega no corpo da peça, tornando-a muito mais resistente a quebras - bicos e pegas são geralmente os pontos fracos dos bules convencionais - e permitindo uma fácil arrumação em pouco espaço, sobretudo quando se tratava de os armazenar em quantidade. Assim, foi largamente usado por cadeias de hotéis e de restaurantes e nos vagões restaurante dos caminhos de ferro.

Serviço The Cube de George Clews para a Cunard Line, marcado "Souvenir", à venda na internet

Veio a mostrar-se ainda muito eficaz nas viagens transatlânticas, dada a sua estabilidade, que o tornava  pronto a enfrentar mares agitados. Está muito associado à companhia de navegação "Cunard Line" e este fabricante, George Clews, de Tunstall, Staffordshire, teve encomendas deste bule em faiança para os transatlânticos Queen Mary (1936), Mauretania (1939) e Queen Elizabeth (1946), segundo informação que recolhi em http://www.potteryhistories.com/ . 


A chávena e pires que juntei para o chá, de fabrico muito posterior, é da Sociedade de Porcelanas de Coimbra, empresa que nos anos 30 produziu serviços de chá e de café de forma cúbica, certamente inspirados neste formato tão inovador, ou em adaptações e interpretações dele que se fizeram mais tarde, podendo-se ver exemplares muito representativos dessa produção S. P. Coimbra no blogue Moderna uma outra nem tanto.


Este conjunto de chávena e pires, com um motivo floral de lírios no tom rosa do bule é muito adequado ao  início da Primavera, embora complementado por um cinzento suave, mais invernoso.  Deve datar dos anos 80 do século XX, com a marca S.P. Coimbra Portugal, incorporando o desenho da torre da Universidade de Coimbra, usada nas linhas para hotelaria.





quinta-feira, 15 de março de 2012

Palacete Arte Nova


Na sequência da publicação que fiz da casa Arte Nova da Mealhada, a If - que já todos aqui conhecem como amável e sempre oportuna comentadora deste blogue - enviou-me várias fotos de um belo palacete de Lisboa em que se evidencia o estilo Arte Nova.
Este, por enquanto, é um resistente às investidas do camartelo...  


A fachada do edifício alonga-se por cinco corpos: três terminando em arco com cabeça de leão e pináculo central; dois, cada um com uma varanda, com cimalha reta. Oito urnas em pedra ornamentam a cimalha.
Fica situado numa rua pouco movimentada do Campo Grande e talvez por isso passe um tanto despercebido.
Apesar de um certo ar decadente, que me agrada, parece estar habitado e até tem um aspeto bem sólido. Esperemos que assim continue por muito tempo...


Destaca-se não só pelo rico trabalho de cantaria, mas sobretudo pelos belíssimos painéis de azulejos que foram desenhados, como é caraterístico neste estilo, para se integrarem em espaços específicos da frontaria que pretendem embelezar. Estes, no corpo central, apresentam um motivo com crianças ou putti a ceifar e a colher papoilas.


Sobre as varandas, em ferro forjado, a natureza pujante em forma de cisnes, caracóis e flores, de que se salientam os delicados e exóticos nenúfares.














Mais apontamentos florais em pequenos painéis de azulejos a ocupar espaços mais exíguos e também talhados na pedra das cantarias .
Pelos dados que se encontram na fachada, este palacete foi construído segundo projeto do arquiteto J. Coelho, em 1912, o que corresponde ao período de  influência Arte Nova na arquitetura em Portugal.
É, portanto, um edifício a comemorar o seu primeiro centenário!


Sendo um de vários exemplares Arte Nova  que felizmente ainda se encontram na cidade de Lisboa, nunca o vi referenciado em qualquer publicação ou na internet, e por isso, agradecendo à If o envio das fotos, aqui fica um pequeno contributo  para que seja mais conhecido, apreciado e preservado.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um ano de chás à terça-feira - One year of Tea...Tuesday


E de novo a Vista Alegre!

Fez há poucos dias um ano - exatamente no dia 10 de Março -  que participei pela primeira vez nos eventos de terça-feira dedicados ao chá, organizados por bloguers americanas e canadianas, mas com a participação de muita gente de outras nacionalidades. 
Foi graças ao Fábio Carvalho, do Porcelana Brasil, que soube da existência destes eventos semanais e comecei a participar, embora sem periodicidade semanal.
Nas 34 semanas de participação - esta é a 35ª -  liguei-me ao Tea Cup Tuesday da Terri e da Martha, ao Tea Time Tuesday da Sandi, ao Teapot and Tea Things Tuesday, da Wanda Lee e da Pam, entretanto infelizmente desativado, mais recentemente, ao Tuesday Cuppa Tea da Ruth e sempre acompanhando os posts inspiradores da Johanna de Silber und Rosen, da Princesa Nadie, de Fabby's Living, ...


Há um ano, escolhi como vedeta uma chávena de porcelana portuguesa da Vista Alegre e por isso hoje quis voltar à Vista Alegre, com um belo trio de chávena, pires e prato de bolo com pintura à mão.
Também a acho muito adequada, pelas cores e pelas flores, para anunciar a Primavera, que já se aproxima.




Embora retome o modelo facetado, usado pela Vista Alegre no século XIX, o conjunto deve datar do final dos anos 40, da transição da marca usada de 1924 a 1947, um V.A. a verde com as letras separadas e  a palavra Portugal escrita em arco por baixo - a marca do prato de bolo - e a marca seguinte, de 1947 a 1968, semelhante a esta mas com as letras VA unidas - a marca da chávena e do pires.


Em dia de comemoração, nada como trazer para o chá um bolo com cobertura de ovos moles bem à maneira da cidade de Aveiro, o distrito onde vivo e o distrito da Vista Alegre.
Deliciem-se!


Os gulosos cá de casa já se deliciaram à hora do chá... e quase não sobrou nada! :)




quarta-feira, 7 de março de 2012

De novo Charles Dickens


Não só durante o passado mês, mas durante todo este ano, multiplicam-se por todo o mundo, sobretudo no mundo anglófono, as celebrações dos 200 anos do nascimento de Charles Dickens, a 7 de Fevereiro de 1812, como já referi no post comemorativo.
Nesse post, há precisamente um mês, propus-me  voltar a falar de Dickens, sobretudo da minha relação com a sua obra, e achei que hoje, também dia 7, seria um dia apropriado.
A minha iniciação a Charles Dickens foi feita ainda na infância, quando o meu pai me falava de personagens como Oliver Twist, o Sr. Pickwick ou o Pip de Grandes Esperanças e por isso, sempre que falo em Charles Dickens, regresso à minha meninice. Uma das obras de Dickens que tínhamos em casa  era o Oliver Twist das edições Romano Torres, e foi por aí que comecei, acompanhando com muita tristeza e compaixão as desventuras do pobre rapazito órfão.


O meu pai sempre apreciou muito o humor de Dickens e, ele próprio uma pessoa bem humorada, gostava, e gosta, de citar frases de algumas personagens, como o Sr. Pumblechook de Grandes Esperanças que dirigindo-se ao Pip, ao cuidado de uma irmã severa de quem aquele senhor era amigo, lhe dizia: Rapaz, sê reconhecido a quem te educa manualmente. O meu pai ria-se sempre que dizia isto e várias vezes o ouvi repetir a frase ao meu filho, meio a sério, meio a brincar, dando a entender que ele também precisava de "educação manual" !
Assim, não é por acaso que os únicos livros que tenho comigo encadernados pelo meu pai - entre as várias dezenas que ele durante algum tempo se dedicou a encadernar nas horas vagas - sejam estes três romances de Dickens que me foram oferecidos na adolescência.


Não me lembro já da ordem por que li as restantes obras, mas sei que delirei com o hilariante Sr Pickwick, emocionei-me com os episódios da vida de Pip e os amores e desamores de David Copperfield, irritei-me com personagens secundárias de traços muito marcados como o "humilde" Huriah Heep, depois de ter travado conhecimento com a galeria de marginais de uma Londres pobre e sórdida em cuja rede caiu o pobre e inocente Oliver Twist.


Com "Tempos Difíceis" apercebi-me da miséria em que viviam os trabalhadores fabris da potência industrial que era a Inglaterra vitoriana, das injustiças e da arbitrariedade com que eram tratados pelos seus empregadores, que Dickens critica à sua maneira, nunca panfletária, caricaturando-os através de uma caraterização cheia de tiques, atitudes ridículas e afirmações descabidas. Também é muito caraterístico do modo como trata as suas personagens, sobretudo as que deseja pôr a ridículo, a maneira como falam e as expressões repetidas que usam. 
Apeteceu-me  agora relê-lo, não só pela evocação de Charles Dickens, mas também pelos tempos difíceis que estamos a atravessar, em que, de novo e sempre, "quem se lixa é o mexilhão"...

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Tendo também lido a Loja de Antiguidades,  não guardo grande memória desse romance. No entanto, quem sabe se esse título não terá contribuido para introduzir em mim o bichinho das velharias, já que loja de antiguidades era algo que não existia nas localidades onde vivi na infância e adolescência  (pelo menos até aos meus 15 anos).
Claro que tendo "devorado" estas obras quando ainda dava os primeiros passos na aprendizagem do inglês, foram lidas  em português - nem nesse tempo tínhamos fácil acesso a edições originais - e embora já tenha voltado a ler em inglês extratos que me marcaram mais ou que abordei nas minhas aulas, por exemplo para ilustrar aspetos da Revolução Industrial, nunca me dispus a reler qualquer delas integralmente no original. Ainda estou muito a tempo, claro, e foi para isso que comprei o Oliver Twist e o David Copperfield que já mostrei no outro post.


Esta minha edição inglesa do Oliver Twist saiu numa edição popular das Obras Completas de Charles Dickens, em 1907, mas este exemplar resultou de uma reimpressão em 1913.

As únicas páginas ilustradas desta edição
Encontrei-o cá em Portugal numa pequena loja de livros usados em Coimbra, ao contrário do David Copperfield, também comprado numa loja de artigos usados, mas desta vez em Brighton, na costa sul de Inglaterra. Foi numa viagem  de comboio de ida e volta no mesmo dia a partir de Londres e no regresso, para castigo,  lá vim a carregar com este alfarrábio enorme que, com as suas 20 belíssimas ilustrações a cores, por apenas 5£, eu não  podia deixar ficar para trás...

David Copperfield e o Sr. Micawber na página de rosto

Acho as ilustrações de Frank Reynolds maravilhosas e a forma como foram introduzidas no livro, como era hábito na época em que foi publicado (c. 1911), muito curiosa. As estampas, em folhas soltas, foram coladas sobre páginas em branco e cobertas por papel vegetal onde foi impresso um pequeno texto e/ou uma legenda, como se vê na foto em baixo.


 The friendly waiter

Uriah Heep

Mr Micawber in his element 
Sempre lamentei o facto de Dickens não ter feito parte dos programas das três cadeiras de Literatura Inglesa que tive na faculdade, programas esses que se desenvolveram desde épocas muito recuadas da literatura anglo-saxónica até, felizmente, Shakespeare, mas daí, infelizmente, não passámos...

quinta-feira, 1 de março de 2012

Prato de Massarelos


Quando se trata de abordar aqui faiança portuguesa, as peças, na maioria não marcadas, são um verdadeiro quebra-cabeças. Por isso, quando aparece alguma com marca, mesmo que difícil de identificar, é uma verdadeira bênção!
Sabemos que a partir do final do século XVI ou início do XVII, os malegueiros portugueses, sobretudo lisboetas, desenvolveram o fabrico de faiança azul e branca, tentando imitar e competir com a porcelana chinesa Ming que chegava ao porto de Lisboa nas caravelas e naus da Carreira das Índias.
Cerca de século e meio mais tarde, após o Terramoto que, com a destruição colossal que provocou em Lisboa, pôs termo a muita dessa produção cerâmica, que aliás já estava  em declínio,  foi o Marquês de Pombal o grande incentivador da abertura de manufacturas de loiça, não só em Lisboa com a Real Fábrica de Louça  ao Rato, mas também noutros locais do país que lhe seguiram o modelo.

Fábrica de Massarelos, Porto

No Porto, a primeira foi a de Massarelos, fundada em 1763 ou 1766 por Manuel Duarte Silva , que criou ali uma empresa familiar.
Ora este prato apresenta uma marca que José Queirós data ainda do século XVIII e que Artur de Sandão identifica como fabrico de Massarelos, do primeiro período da história da empresa (1766-1819).


O B maiúsculo acompanhado de uma espécie de acento circunflexo, neste caso a azul, mas também aparece a verde e a cor de vinho, é uma marca já referenciada por José Queirós na sua obra Cerâmica Portuguesa, de 1907, atribuindo-a a fabrico do Norte do fim do séc. XVIII, sem avançar com qualquer nome de fábrica.
Foi Artur de Sandão que ao encontrar peças muito idênticas, umas com esta marca e outras com marca já identificada como Massarelos, concluiu tratar-se do mesmo fabrico.
Este prato, com aba recortada ainda ao estilo Rocaille, segue uma moda decorativa que se encontra noutras produções portuguesas da mesma época, não só na fábrica do Rato, mas também em Viana, no Juncal e em Miragaia, com a flor de morangueiro ao centro e a chamada faixa de Rouen à volta da aba.


Sobre esta faixa dita de Rouen, já uma vez escrevi que estas modas nas artes decorativas me parecem uma pescadinha de rabo na boca. É que não é nada difícil perceber que  nestas decorações ruanescas  houve  influência da porcelana chinesa azul e branca que já tinha inspirado os malegueiros portugueses do século XVII. Foi essa nossa faiança  que, ao ser exportada para os países do centro e norte da Europa, ajudou a cimentar o gosto por esse tipo de decorações e as fez chegar à mesa do cidadão burguês, que não conseguia chegar à preciosa e delicada porcelana da China. Depois surgiu nesses países produção própria continuando a inspiração nos motivos chineses: na Holanda a conhecida faiança de Delft, na Inglaterra a chamada English Delft e na França penso que será a faiança de Ruão a entroncar nesta tendência.
Parece que foi então a vez de Portugal ir buscar à Europa além Pirinéus um modelo inspirado na porcelana chinesa que o nosso país, duzentos anos antes, tinha tido um papel fundamental em tornar mais conhecida e apreciada.
Prato da Fábrica do Rato marcado FRTB ( catálogo online da leiloeira S. Domingos)

Prato de Viana (catálogo online da leiloeira S. Domingos)