sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Beirais com telhões em Ovar

Nas minhas rondas por terras do Norte, descobri já há meses mais um beiral de telhões de faiança.
Bem tenho procurado outros exemplares para virem fazer companhia a este, mas à exceção dos que sei existirem em Vila Nova de Gaia e ainda não fotografei, nada de novo...



Desta vez a descoberta foi em Ovar, numa bela casa de quinta do século XVIII, a Quinta de S. Tomé, hoje localizada no centro da cidade. Situa-se relativamente perto da Casa Museu de Júlio Dinis, onde o escritor residiu alguns anos, e não posso deixar de pensar que ela poderia servir de cenário à ação de um dos seus populares romances.


Para além do beiral há os azulejos, os do exterior com um lindo friso floral, certamente aplicados no século XIX ou XX,  e  um  silhar de escadaria na entrada principal da casa.


Neste beiral, surpreende a quantidade e o estado de conservação dos telhões, assim como a harmonia do conjunto que forma com os restantes elementos da casa, basicamente em azul e branco; quanto ao motivo das telhas já é nosso velho conhecido.



Efetivamente, é o mesmo motivo das que vimos num beiral em Fafe e noutro na Ribeira do Porto, mas não apresentam a terminação em relevo branco que se observa no de Fafe.



As cantarias em pedra  dão sobriedade e robustez às duas frentes, a que nem sequer falta um brasão em pedra de Ançã, as armas do Morgado de Pigeiros.


Atrevo-me a atribuir o fabrico destes telhões à Fábrica das Devezas em Vila Nova de Gaia, já que são em tudo semelhantes aos que se encontram na Casa-Museu Teixeira Lopes e sabemos da ligação deste escultor e da família  a essa fábrica de Gaia, com filial aqui na Pampilhosa.

Pátio da Casa-Museu Teixeira Lopes (foto da Wikipedia)
Aqui está mais um lugar que tenho que revisitar, não só pela boa coleção de faianças de todas as fábricas gaienses, mas também para fotografar de perto estes beirais.


Entretanto, muito a propósito já que mencionei aqui a obra de Júlio Dinis, o nosso amigo Fábio Carvalho, que administra os blogues Porcelana Brasil e Azulejos Antigos no Rio de Janeiro, enviou-me a respeito dos telhões de faiança, um extrato que encontrou online do romance de Júlio Dinis “Uma Família Inglesa”, de 1868.


Li-o ainda adolescente, mas  há muito andava para o reler por achar que pode conter referências à faiança inglesa usada no Porto no século XIX ou mesmo à faiança portuguesa, só que ainda não o tinha feito; afinal, sendo a ação datada de 1855, encontram-se ali referências interessantes aos elementos cerâmicos para construção, de fabrico oitocentista portuense ou gaiense. 
Trata-se de um trecho do capítulo IV intitulado Um anjo familiar, com uma descrição do Porto que passo a transcrever parcialmente, mantendo a ortografia da minha edição, que é de 1930:

"Esta nossa cidade – seja dito para aquellas pessoas, que porventura a conhecem menos – divide-se naturalmente em tres regiões, distinctas por physionomias particulares.
A região oriental, a central e a occidental.
O bairro central é o portuense propriamente dito; o oriental, o brasileiro; o occidental, o inglez.
(...)
O bairro oriental é principalmente brasileiro, por mais procurado pelos capitalistas que recolhem da America.
Predominam n’este umas enormes moles graniticas, a que chamam palacetes; o portal largo, as paredes de azulejo – azul, verde ou amarello, liso ou de relêvo; o telhado de beiral azul; as varandas azuis e douradas; os jardins cuja planta se descreve com termos geométricos e se mede a compasso e escala, adornados de estatuetas de louça, representando as quatro estações; portões de ferro com o nome do proprietário e a era da edificação em lettras também douradas; (...)."

Estas casa eram vistas na altura, segunda metade do século XIX, como sinal de ostentação e de falta de gosto, devido à profusão de elementos decorativos, mas acabaram por ser apreciadas e constituirem marcos importantes da história e da fisionomia das nossas cidades, sobretudo nortenhas.

Muito obrigada ao Fábio por esta interessante achega.



25 comentários:

  1. Que bela edificação! Adorei a simplicidade e elegância do silhar de azulejos na fachada. Pena não haver uma foto em close do friso floral, teria gostado muito de ver.
    E os telhões, nossos queridos!!! :-) E como me sinto próximo por causa deles, já que são do motivo que é um dos mais comuns por aqui no Rio de Janeiro. É como se estes beirais me abrissem um portal de tele-transporte à Portugal. Ainda mais com este belo trabalho de cantaria, que os portugueses reproduziram com tanto gosto aqui em minha terra.
    Aqui estes telhões também costumam ter relevo nas pontas, também em branco, com uma faixa em azul em seu extremo, como os do post em Fafe.
    Também desconfio que aqui no Rio de Janeiro os telhões sejam da Fábrica de Devezas, pois desta fábrica veio muito azulejo e figuras e pinhas em faiança também.
    Obrigado por compartilhar esta beleza de construção conosco!
    b'jinhos

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    1. Sabia que ia gostar, amigo Fábio!
      Quando fotografei a casa dei sobretudo atenção aos telhões e descurei o friso de azulejos, mas tem razão, também merecia um grande plano. Acrescentei-o aqui aumentado a partir de uma das fotos, mas não é a mesma coisa que se o tivesse fotografado logo de mais perto.
      Este motivo também deve ser o mais comum aqui, no Norte, mas não sabia que o mesmo acontecia no Rio. Esse facto também dá consistência à tese de que sejam da Fábrica das Devezas, uma grande e moderna unidade para a época, final do século XIX, início do XX, com uma produção mais industrial, em mais larga escala.
      Esta casa da Quinta de S. Thomé é realmente bonita e está muito bem preservada, o que é uma satisfação para todos nós.
      Beijos

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  2. Mais uns belíssimos telhões de beiral com motivo já nosso conhecido.
    E, onde quer que apareçam, fazem um beiral digno de apanhar um torcicolo a olhar para ele.
    Cor, movimento, contraste, forma, tudo numa harmonia fantástica.
    Até os telhões, quando se aproximam das extremidades da fachada, acabam por ter formas adequadas para que a harmonia e adaptabilidade do material não se quebre.
    Estes telhões com formas irregulares e assimétricas são ainda mais apelativos do que os outros, o que me leva a suspeitar que a assimetria provoca uma "irrequietude" no olhar que o faz reparar nas coisas com mais atenção.
    É algo que também noto nas decorações orgânicas que preenchem as peças "Arte Nova" ou nas do estilo "rocaille" Luís XV.
    Talvez seja uma das razões que tornam estas formas decorativas tão apelativas ao olhar.
    E seria interessante que se conseguisse associar a sua produção com a fábrica das Devezas, pois seria mais um passo para a identificação do seu local de origem.
    O Fábio também está a fazer um trabalho fora de série dentro deste capítulo.
    Manel

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  3. Manel, é certamente por todas essas razões que enumerou que estes beirais provocam atração e fascínio. Pergunto-me às vezes se a origem terá sido genuinamente portuguesa ou se também aqui terá havido influência oriental. É que eu também acho que os telhões que formam as esquinas são ainda mais atraentes que os restantes, quer como peças individuais, quer aplicados no conjunto, e são essas esquinas, como se veem aqui algumas, que me fazem lembrar os pagodes orientais. Mas isto sou só eu a ver coisas....
    Quanto à origem de fabrico, os da Casa-Museu Teixeira Lopes só podem ser Devezas e estes de Ovar parecem ter exatamente as mesmas caraterísticas...
    É verdade que o Fábio, no seu novo blogue "Azulejos no Rio de Janeiro", tem feito um ótimo trabalho na descoberta e divulgação destes materiais além Atlântico e eu também tenho acompanhado esses posts, sempre à espera que apareçam novos padrões. ;)
    E agora uma ótima notícia, não sei se já está a par:
    Foi hoje a reabertura oficial do Museu Machado de Castro - muito atribulada, com manifestação à porta devido à presença do Passos Coelho!!! tiveram que fechar os portões, etc. mas finalmente podemos ir lá usufruir de todos aqueles tesouros...
    Um abraço e obrigada pelas achegas.

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    1. Maria Andrade, muito obrigado pela informação da abertura do Machado de Castro. Finalmente.
      Quanto à individualidade que deveria ter vindo e não veio, acho que pior governados do que estamos será difícil.
      E são estas nódoas e avantesmas, aos quais fomos todos atirados por quem foi irresponsável e votou neles, que estão a destruir o tecido social, que é afinal a base de todo um país
      Manel

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    2. Faço minhas as suas palavras, amigo Manel...

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  4. Começando pelo fim, o Passos Coelho bem merece todos os assobios.

    Eu já tinha quase perdido a esperança de ver o Machado de Castro reaberto. Aos anos que eu não vejo aquele museu e quando o Manel tinha casa em Pombal poderia ter ido lá uma meia duzia de vezes se não estivesse sempre irremediavelmente fechado.

    o Edifício que mostrou neste post respira a dignidade das velhas casas portuguesas. Adorei a Janela com as tabuinhas, com um ar tão mourisco. Permitiria às senhoras espreitar para a rua sem serem vistas, uma remiscência do velho Purdah islâmico. Talvez correspondesse à sala do estrado. Enfim, as janelas com as tabuinhas encantam-me e um dia gostaria de ter uma casa onde pudesse mandar pôr uma. Deve ser muito fresco no Verão.

    Morro de inveja de si e do Fábio, que descobrem telhões por toda a parte e aqui no Sul, nada!

    Beijos

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    1. Afinal, soube depois que o Passos Coelho faltou à inauguração, mas só a notícia da vinda dele provocou ali uma confusão tremenda e muitos amigos do museu já não conseguiram entrar nas instalações. Qualquer dia esta gente que nos (des)governa não pode sair para lado nenhum...
      Em relação a este edifício de Ovar, ainda bem que referiu a janela com tabuinhas, realmente um elemento encantador, mas que eu fotografei mal.
      Aí no sul não há telhões, mas o Luís vive numa cidade maravilhosa e numa zona rica de património que se descobre a cada esquina... Também o invejo por isso! :)
      Um abraço

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  5. Olá Maria
    Gostei do seu texto e das imagens que nos proporcionou. Sao magnificas. Estou como o Luís. Cheia de frustração pois, cá para Sul, não encontramos essas maravilhas.
    Cumprimentos.
    If

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    1. Muito obrigada,If, pela simpática visita!
      Repito o que já disse ao Luís: Quem me dera viver numa cidade como a vossa, com tanta concentração de maravilhas para descobrir - ruas antigas, palácios, museus, exposições... Mas Coimbra e todo o Norte, o Porto em particular, também têm muita oferta!
      Abraços

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    2. Por acaso esbarrei hoje nesta postagem sobre as "casas de brasileiros torna-viagem" de Fafe. Achei que você o apreciaria tal como eu.

      http://saladevisitasdominho.blogspot.com.br/2011/11/fafe-deve-lutar-pela-marca-que-o.html

      b'jinhos!

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    3. O Fábio descobre cada coisa mais interessante!
      É um texto muito esclarecedor sobre esta herança que temos das "casas dos brasileiros" e até fiquei com vontade de conhecer Fafe, que é uma das terras minhotas onde nunca fui.
      Já tenho muito que ver e explorar para os lados do Porto...
      Um beijinho

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  6. Olá Maria Andrade,
    Na mesma publicação online eu li que na cidade do Porto só em meados do séc. XIX que a ornamentação com azulejos, que já seria característica da cultura portuguesa, teve maior expressão, e que seriam raros até mesmo os revestimentos interiores de igrejas e palácios do Porto anteriores ao séc. XIX, o que já era muito comum em tantas regiões de Portugal, como sabemos.
    Teria sido apenas após o crescimento da indústria cerâmica do Porto e Gaia, cuja produção em grande parte se destinava à exportação para o Brasil (mas não tantop para o Rio de Janeiro, como estou descobrindo com meu levantamente), que o gosto pelo azulejo se difundiu.
    Provavelmente, creio eu, depois que o mal estar que as "casas de penico" ou "casas de brasileiros" já havia sido desfeito, e o hábito se generelizado.
    Só para eu me localizar, ao que atualmente correspondem estas regiões central/oriental/ocidental no Porto? A central seria a baixa? a as outras duas?
    b'jinhos

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    1. Olhe Fábio, o que me parece é que, na arquitetura religiosa anterior ao séc. XIX, o revestimento dos interiores com azulejos não era tão comum na cidade do Porto e mais a norte como nas localidades do Sul talvez pela distância a que estavam do principal centro de fabrico que era Lisboa. Quanto a palácios, a aristocracia não tinha residência no Porto e era essa a classe que mais dinheiro dispendia nos revestimentos azulejares do interior das sua residências; também não houve ali um surto de construção como o da Lisboa pombalina, onde o uso de azulejos se vulgarizou nos interiores de habitações... Por isso compreende-se que até ao século XIX, o revestimento a azulejos fosse mais raro no Porto.
      Quanto às regiões da cidade descritas por Júlio Dinis, é difícil a uma distância de 150 anos dizer a que correspondem hoje exatamente, mas a região central não é difícil perceber que seria a zona da Sé, da Estação de S. Bento e toda a encosta até à Ribeira; a região ocidental seria a que vai dos Clérigos e de Cedofeita até Campo Alegre, passando pelo Museu Soares dos Reis, Palácio de Cristal, a encosta das quintas (Tait, Macieirinha); a oriental seria a zona do Bonfim, até Campanhã, mas é a que conheço pior no Porto.
      Mais uma vez obrigada por todas estas achegas.
      Bjos.

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    2. Olá Maria Andrade,
      obrigado por suas orientações históricas dos azulejos em Portugal, e também das regiões do Porto 150 anos atrás. Claro! Como não pensei nisso. A região central só pode mesmo ser o que você disse! Afinal, é o núcleo original da cidade. É uma região que conheço bem, pois o mês que passei no Porto "morei" na Passos Manoel quase esquina com Sta Catharina (bem em frente ao Coliseu). As demais áreas conheço pouco, talvez por inércia, mas também por a região central ser tão rica, que um mês foi pouco até para conhecê-la bem. Em raras ocasiões fui além da Casa da Música, e mesmo assim, foi para visitar amigos que moram para aqueles lados. Mas até que conheci bem o que você considera a região ocidental, pois andava bastante por ali também, mas apenas até Museu Soares dos Reis e Palácio de Cristal. A meiuca de Clérigos eu estava quase todos os dias (e noites! galerias de paris e cercanias era meu destino de quase todas as noites). O que você indicou como zona oriental eu não conheço nada! Que lástima! Passei de trem por Campanhã à caminho de Braga, e olhe lá! Na próxima vez vou explorar esta região. Mas já vou dar uma espiada no Street View.
      b'jinhos!

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    3. Também eu agora fiquei cheia de vontade de explorar essa zona oriental do Porto...

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    4. Já olhei algumas ruas principais pelo Street View, e talvez comece a entender a razão por ninguém nunca me levar ou comentar esta região. De forma geral, são imóveis sem muita graça, muitos prédios mais novos, com cariz modernista, mas não exatamente interessante, e também muito abandono e falta de cuidado. Há imóveis que devem estar a beira de desabar! Como as imagens são de 2009, quero acreditar que isso pode ter melhorado de lá para cá, embora que, com a crise...
      Claro que há belas excessões! Vi por exemplo um palacete art nouveau deslumbrante! Vi também coisas curisosas, como casarões que poderiam bem ser daqui, do período neo-colonial (anos 1920/1930), e que devem ter sido construídos por esta época também, pois sei que por aí também houve um movimento parecido por esta época, naturalmente com outro nome.
      Há muitos azulejos, claro, principalmente daquele retangular com chanfrados, vi os azulejos em relevo com morangos e suas folhas em 4 casas em sequência que havia visto no tal artigo online, que eu tinha achado muito curioso, mas me parece que a variedade de motivos (e de formas arquitetônicas também) é bem menor do que em outras áreas da cidade.
      Vi beirais com telhas, mas acho que nenhum é com telhão azul e branco, mas posso ter entrado nas ruas erradas, e também as imagens do Street View não ajudar quando queremos ver algo no topo dos prédios.
      Mas de repente reconheci um "sítio": é a rua onde fica o restaurante Madureira, onde me levaram para comer minha primeira francesinha, em nov/2011. Justo um restaurante com nome de bairro do subúrbio carioca! Tudo delicioso, e muito barato.
      b'jinhos

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    5. Na verdade temos agora à disposição ferramentas extraordinárias! Eu não tenho tendência a usar o Street View, mas hei-de fazer a experiência um dia destes.
      Assim o Fábio conseguiu visitar novas zonas da cidade do Porto e até rever lugares já conhecidos!
      Ainda bem que este post suscitou todo esse interesse e lhe proporcionou momentos de prazer e de descoberta.
      Tenha um bom fim de semana.

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    6. Continuo olhando as ruas do Bonfim, em geral é tudo um pouco triste, imóveis novos, sem a menor graça ou interesse arquitetônico. Mas aqui e ali surgem coisas mais interessantes perdidas no meio do resto, como uma bela casa art nouveau com jardim lateral na rua São Roque da Lameira 2311.
      Mas o mais interessante neste quarteirão são os imóveis que vão do número 2316 ao 2322, pois tem "potencial" de telhão de beiral. Veja no link abaixo:

      imóveis com telhão ?

      Novamente, a imagem do Street View não é boa, o sol estava contra a câmera do sistema, mas crei over umas "manchas" no beiral dos imóveis, que me sugerem telhões pintados. O chato é que sempre há uma calha cobrindo a ponta das telhas, o que só dificulta a busca.
      Há outras ruas onde vi "potencial de telhão" por ali, mas esqueci de anotar! :-(
      b'jinhos

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    7. Obrigada pelo link, Fábio.
      Já percorri a rua de S. Roque da Lameira e encontrei uma casa com telhões, só não consegui distinguir o motivo. É o palacete da quinta que hoje constitui o Parque de S. Roque, entre os números 2028 e 2012. Também tem painéis de azulejos que devem ser bonitos.
      Há realmente outros prédios com potencial, mas não se consegue ver bem.
      É sobretudo uma boa zona para explorar a pé. ;)
      Quando eu puder...
      Bjs

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  7. How gorgeous! I WANT TO GO TO PORTUGALLLLLLLLLLL!!!!!!!!
    Oh dear Maria, the buildings are just beautiful, thank you for sharing it with us. Thank you for dropping by, you always put a smile on my face, sweet friend. Hope your holiday season is a happy one.
    FABBY

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    1. Yes, dear Fabby, do come to Portugal and you may be certain you'll be most WELCOME here!
      I wish you a great holiday season, as well.
      Hugs

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    2. Do go to Portugal, Fabby! It´s one of the most beautiful places on Earth.
      cheers!

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  8. Olá Maria Andrade
    Atrasada como sempre. Falo de mim, claro! :)
    Congratulei-me com a notícia da abertura do Museu Machado de Castro.Seis anos fechado é obra, mas certamente que valeu a pena.Terei que arranjar tempo para ir a Coimbra. Aliás, há já algum tempo que quero visitar o também recuperado mosteiro de Santa Clara -a- Velha.

    Quanto aos telhões, são sempre lindos e com a decoração muito idêntica. Na Casa do Infante, no Porto, há uns telhões em exposição, e aí, pode-se admirar o seu real tamanho, percebendo-se, o quão bem se lhes aplica o grau aumentativo.

    A casa da Quinta de S. Tomé é muito bonita e delicada.
    Beijos e bom fim de semana

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    1. Sim, Maria Paula, indo-se agora visitar o museu - e eu já fiz uma primeira visita ;)- é inevitável achar que os seis anos valeram a pena!
      Realmente este espaço a juntar a Santa Clara-a-Velha, outra obra demorada mas muito bem conseguida, são ótimos motivos para vir até Coimbra.
      Ainda bem que gostou de rever uma bela casa portuguesa com telhões.
      Um bom fim de semana também para si.
      Bjs.

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