Não será um Natal feliz para todos... mas são estes os meus votos para quantos me visitam e particularmente para os que me distinguem com atenções e amizade.
Este presépio foi o meu primeiro presente de Natal este ano, uma oferta muito especial de uma amiga que criou esta beleza com as suas próprias mãos para me presentear com ela. Há pessoas assim, que disponibilizam o seu tempo e o seu gosto e talento para mimosear os outros...
Como na maioria das casas portuguesas nesta época festiva, há vários símbolos do Natal cá em casa, - o presépio, a árvore, as decorações - mas este ano não pude deixar de fazer novamente um presépio com figurinhas e musgo, graças à presença do nosso pequeno Gabriel.
Maria Andrade
ResponderEliminarOs dois presépios são lindos.Não consegui identificar de que material foi feito o que lhe foi oferecido. O do Gabriel fez-me sentir saudades do tempo em que os meus filhos eram pequenos :)
Beijos para si e boas festas!
Boas festas!!!!!
ResponderEliminarA propósito de presépios não posso deixar de a desafiar a visitar o Museu Nacional de Arte Antiga, para visitar uma exposição sobre o presépio de Santa Teresa de Carnide, que esteve desmontado mais de 100 anos, desde que saiu do convento carmelita daquele bairro lisboeta, até aos dias de hoje.
A equipa do MNAA fez um trabalho espantoso e montou o presépio novamente, numa reconstituição hipotética do que foi a sua arrumação original. Vale a pena.
Olá Maria Paula,
ResponderEliminarMuito obrigada pelo seu simpático comentário aos meus presépios.
Claro que o presépio do Gabriel foi resultado dessa nostalgia que também sinto do tempo em que os filhos eram pequenos e se deliciavam com aquelas figuras... ou do tempo ainda mais recuado em que eu própria me encantava com a montagem do presépio pela minha mãe (algumas figuras e casinhas ainda são dessa época).
Quanto ao que me foi oferecido e que acho lindíssimo, parece-me ser feito de cisal, mas nunca vi à venda meadas assim grossas e assim tão brilhantes, por isso não sei ao certo o que será.
Muito obrigada pelos votos de boas festas, mas a verdade é que as festas não foram muito boas cá em casa devido a problemas de saúde na família.
De qualquer forma, não foi tão grave como chegámos a temer...
Beijos
Olá Luís,
ResponderEliminarTambém lhe agradeço muito a sua presença e os votos de boas festa, mas como já referi à Maria Paula, apanhámos um valente susto na semana passada que ensombrou muito estes dias festivos.
O pior já passou, mas... nada de conclusivo ainda.
Gostei muito de saber dessa exposição que está no Museu Nacional de Arte Antiga. Acredito que vale a pena a visita e já ando cheia de vontade de voltar a Lisboa, mas não sei ainda quando terei possibilidade de o fazer...
Um abraço
Venho desejar um bom Ano Novo, preenchido de boa disposição e esperança, ingredientes para sermos mais felizes!
ResponderEliminarSendo apreciadora de galheteiros, :-) , deixo aqui um link para um galheteiro da Vestal de uma Montra de uma amiga minha: http://www.montraantiga.com/epages/278071.sf/pt_PT/?ObjectPath=/Shops/278071/Products/439
Até breve, boa semana e continuação de boas Festas!
Olá Sandra Pena,
ResponderEliminarMuito obrigada pela visita e pelo link que aqui deixou. Pude assim apreciar um belo galheteiro em faiança de Alcobaça!
Também para si votos de um ótimo 2012, quer no plano pessoal, quer a nível profissional.
Abraços
Olá Tina,
ResponderEliminarMuito obrigada pelo seu carinho e amizade e por tudo o que me deseja de bom para 2012.
Também para si e sua família envio os melhores votos para o novo ano que se aproxima.
Beijos
Feliz Año Nuevo
ResponderEliminarUn Beso
So pretty! Happy New Year to you!
ResponderEliminarRuth
Só hoje regressei e ao ver este seu post regressei à minha infância, não que algum dia tivesse uma família que se dedicasse a estas manifestações, ainda que remotamente ligadas à religião, pelo contrário ... a religião, em todas as suas vertentes ou associações (mesmo as natalícias) estiveram erradicadas de minha casa. Não lhe senti grande falta, confesso ... exceto os presépios ...; era um mundo do faz de conta, cujo contexto religioso era a desculpa para a recriação de um mundo de encantar, onde se podia dar largas à imaginação e à criatividade.
ResponderEliminarMas porque, nos meus primeiros Natais de que tenho memória em criança, era visita relativamente assídua da casa de uma senhora que, por razões que não têm aqui cabimento, foi uma segunda mãe da minha irmã, e que, por sorte para mim, fazia o favor de me tomar como filho também, consegui sentir a magia dos presépios, ainda que por pouco tempo.
Esta senhora, bonita, elegante, que se exprimia de forma quase enfeitiçadora, prendada, dinâmica, e de um bom gosto exemplar (teria as suas excentricidades, mas isso ajudava a alimentar o seu carisma), participava anualmente em concursos de presépios (julgo que eram eventos em voga nas ex-colónias, nos anos 50 até mesmo aos início dos 60) e, raramente o 1º prémio lhe escapava.
Lembro a existência de quedas de água verdadeiras, grandes grutas feitas em papel pardo (?) pintado, figuras sem fim (muitas delas feitas pela própria, utilizando papier mâché sobre uma estrutura de arame, ou mesmo em barro cozido artesanalmente), numa escala que, creio, deveria ser cerca de 1/12 (o presépio ocupava cerca de metade de uma grande sala), árvores imitadas de uma forma quase perfeita, flores (que a senhora fazia em pano e papel), musgo (no pino do Verão, no Sul de Moçambique, creio que o musgo, a existir, deveria ser apanhado no único local onde imagino que pudesse talvez existir, a Namaacha), casas iluminadas, cujas luzes eram controladas por interruptores escondidos, algumas figuras deveriam ser animadas mesmo, mas sem certezas, pois a esta distância, já a memória me escapa.
Claro que a senhora, tal como alguma, pouca, da sua geração algo encantada, já faleceu há muito, mas a sua presença permanece na minha memória como a de uma fada-madrinha.
Fiquei sempre a ansiar por fazer um presépio, mas até hoje ... nada.
Na época dos meus sobrinhos eu era igualmente um miúdo, ainda que mais crescidote, e só muito recentemente tenho uma criança na família, um sobrinho-neto, o qual não sei se gosta deste mundo do faz-de-conta; deverá gostar, suponho eu, mas os pais vão pelo mesmo caminho dos meus ... nada de presépios, ainda que por razões diferentes!
Entendo-os perfeitamente e este tempo em que vivemos está a anos-luz do mundo daquela senhora, que era o de um tempo sem tempo, de dias infindáveis de conversas com amigas que se juntavam a apanhar a brisa do final da tarde na varanda, coberta de maracujás, o chá e os bolinhos servidos em mesas de bonita e sólida madeira africana, onde a perfeição corria lado a lado com a paciência e a ajuda de uma mão-de-obra abundante e barata, e o bom gosto criado em locais onde ele ainda estava de moda.
Sempre que vejo um presépio sinto sempre esta nostalgia!
Veja lá onde a conversa foi ter ... sou incorrígivel!
Parece-me que colocou as suas figuras sob uma mesa bufete que me dá a ideia de ser muito interessante nos seus trabalhos de torneados em bolas e bolachas.
A madeira é que não consigo identificar com rigor; talvez pau-santo, diria eu, mas sem certeza
Um bom ano e ainda bem que a situação em sua casa está controlada ... folgo muito por sabê-lo e desejo que continue a melhorar para que a entrada neste ano esteja dotada com um futuro mais risonho, visto que todos os vaticínios vão no sentido contrário. Mas, por vezes, são as pequenas coisas, quase intangíveis, que fazem a diferença!
Manel
Caro Manel,
ResponderEliminarEspero que os dias fora tenham corrido lindamente, mas egoisticamente agrada-me que esteja de volta para poder contar mais com a sua presença aqui...
Gostei muito de ler o seu relato de vivências de infância ligadas aos presépios. Há pessoas que não sendo da nossa família, marcaram a nossa meninice e guardamos ternamente nas nossas memórias…
Pelo que conta, essa senhora deu largas à sua imaginação e criatividade através da feitura de magníficos presépios, e acabou por garantir uma forma de longevidade, sendo ainda recordada pela criançada da época. :)
De uma forma mais caseira, lembro-me de a minha mãe fazer casinhas de papelão e também o castelo e o moinho, que depois pintava com aguarelas. Mas as figuras foram sempre deste tipo, bonecos de barro que nas semanas antes do Natal se compravam na feira bi-semanal de Condeixa.
Vejo que reparou na minha mesa bufete. Vou tirar uma fotografia em que ela se veja melhor especialmente para si.
Herdámo-la dos meus sogros, tendo sido comprada em segunda mão por um avô do meu marido. Há anos mandámo-la restaurar e então disseram-nos que devia ser do séc. XVIII e que tinha mistura de madeiras: nogueira, vinhático e pau-santo. Também nos disseram que as ferragens já não são as originais. As bolachas que se vêm nas pernas e os tremidos parecem-me ser em pau-santo e penso que o tampo é em vinhático.
Sim, Manel, a situação do meu pai evoluiu muito favoravelmente, mas passámos o Natal com ele internado. A verdade é que não ganhei para o susto, porque no primeiro dia o quadro era bem negro...
Mais uma vez lhe desejo um bom ano, e concordo consigo que é sobretudo de pequenas coisas, tangíveis ou intangíveis, que se faz o nosso bem-estar do dia a dia...
Um abraço
Gostei muito de ver a mesa bufete. Bonita nas suas proporções.
ResponderEliminarMelhoraria ainda mais a aparência da peça se adquirisse puxadores mais consentâneos com o tipo de mobiliário em causa, pois merece-o.
É natural que peças destas sejam fabricadas de diferentes espécies de madeiras, pois há algumas variedades mais duras, como o pau-santo, o ébano, ou aquilo que se denomina de pau-preto africano, que colam muito mal, daí a razão de não serem utilizadas maciças, mas em chapa ou folheado.
Muitos dos tampos soem ser de vinhático, pois o pau-santo sempre foi considerado como precioso, apesar da abundância com que nos chegava.
Este seu poderá perfeitamente enquadrar-se no século XVIII, apesar deles serem produzidos durante mais de dois séculos e meio e com uma forma muito pouco alterada (noto muitas vezes uma alteração acentuada nas proporções).
A mesa bufete do Luís também apresenta uma mistura de madeiras, mas é um dos poucos em que trabalhei que possui todo o tampo em pranchas maciças de pau-santo, mas o dele, parece-me ser do século XVII, apesar de posteriormente alterado; possui alguma afinidade com os filipinos, devido sobretudo ao método de fabrico e forma das pernas.
A mesa bufete que possuo é sobretudo em castanho com mistura de algumas madeiras afins, e que, julgo, deve datar da transição dos século XVII para o XVIII, sendo muito mais rústico que este que aqui apresenta. Faltavam-lhe todas a ferragens, que se perderam ao longo do tempo, pelo que tive de mandar-lhe fabricar outras, cópias das do bufete do Luís, originais do século XVII (a casa Guedes, ali às Portas de Santo Antão, fazem cópias daquilo que quisermos por preços que, não sendo muito baratos, também não são exorbitantes).
Felicito-a pelo móvel, que é provido de grande dignidade e é sempre um prazer ver esta qualidade bem tratada e devidamente restaurada.
Manel
Também acho, Manel, que a mesa ficava melhor com as ferragens apropriadas, iguais às que terá tido na origem, mas tenho dificuldade em encontrar essas coisas por aqui, por isso, pelo menos nos tempos mais próximos, vai ficar assim mesmo.
ResponderEliminarMas agradeço muito a referência que me deu dessa Casa Guedes, fica aqui registada e em qualquer altura pode ser útil.
São realmente bonitas estas mesas bufete, tal como os contadores (o seu ficou lindíssimo na sua casa do Alentejo).