O Museu Nacional de Machado de Castro e a sua Liga de Amigos têm vindo a organizar caminhadas temáticas pelas ruas do centro histórico de Coimbra, sempre iniciadas no Museu com as peças ligadas ao período histórico visitado.
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Um dos mapas distribuídos na última caminhada |
É sabido que a malha urbana de Coimbra, como qualquer cidade multi-secular ou milenar, foi sofrendo alterações ao longo dos séculos, sendo a mais recente (?) ou a mais conhecida, a destruição de parte significativa da Alta coimbrã, um verdadeiro atentado de lesa património e de desprezo pelas vidas dos seus habitantes. Só há muito pouco tempo conheci o Bairro de Celas, construido para albergar grande parte dos deslocados pobres da Alta, e chocou-me perceber que foram transferidos para uma zona bem periférica, à época, sem respeito pela sua identidade, hábitos de vizinhança, costumes (como a Feira dos Lázaros, tradição da Alta que se realizou no penúltimo domingo em dois locais diferentes...)
No entanto, apesar das destruições e mudanças, a riqueza do edificado desta cidade pode ainda surpreender e deslumbrar qualquer amante de História, de História de Arte, de Arquitetura...
Foi o que me aconteceu no último percurso da série, com o título "Arquiteturas de Sabedoria - os colégios da Rua da Sofia", iniciada no Museu com obras de João de Ruão (1500-1580). Este é o nome maior da arte renascentista coimbrã, com vasta obra arquitetónica e escultórica nesta cidade, particularmente nos colégios da Rua da Sofia.
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Deposição de Cristo no Túmulo, de João de Ruão, no Museu Machado de Castro, originalmente no Mosteiro de Santa Cruz
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Capela do Tesoureiro, de João de Ruão, proveniente de um dos conventos da Rua da Sofia, atualmente parte do acervo do MNMC
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Na descida da Alta para a nossa rua de destino, paragem no Jardim da Manga - o claustro quinhentista do Mosteiro de Santa Cruz, uma das obras mais marcantes de João de Ruão, cheia de harmonia e poder simbólico. Ali predominam formas círculares, o templete central com as suas colunas, os arcos ligando-o a quatro pequenas capelas cilíndricas que tiveram os seus retábulos, e depois os quatro tanques em L sempre com água, a fonte da vida...
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Claustro da Manga do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra |
É um lugar bem emblemático da cidade, este espaço ajardinado que está certamente na memória de quantos por ali passaram. Muitos, tal como eu, na santa ignorância juvenil dos tempos de Coimbra, nem se terão apercebido da qualidade da obra que ali está nem de que afinal se tratava de um sóbrio mas requintado claustro quinhentista, contando assim com vários séculos de existência.
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O traçado largo e retilíneo da Rua da Sofia |
Quanto à Rua da Sofia (ou da sabedoria), ninguém diria que esta rua larga, comprida e retilínea foi rasgada há quase 500 anos, para albergar um complexo de edifícios colegiais destinados aos alunos do ensino superior, integrados no processo de transferência definitiva da Universidade, de Lisboa para Coimbra, no reinado de D. João III. Com este peso histórico, não admira que esta rua tenha sido incluida, com a Universidade e a Alta, no património classificado da Unesco, sendo hoje Património da Humanidade.
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Convento de S. Domingos - hoje um centro comercial - de onde saiu a Capela do Tesoureiro do MNMC |
Tendo sido pelo menos sete os colégios construídos na Rua da Sofia, visitámos apenas o interior de dois e respetivas igrejas: o Colégio da Graça (1543) e o Colégio do Carmo (1540). Mas deu para ter uma ideia da quantidade de tesouros ignorados do cidadão comum que se escondem por trás destas vetustas fachadas, apesar das vicissitudes dos tempos que já viveram e da delapidação que alguns edifícios já sofreram.
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Igreja e Colégio da Graça |
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Interior da igreja
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Igreja e Colégio do Carmo |
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Interior da igreja
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Deposição de Cristo no Túmulo, de João de Ruão, na sacristia da Igreja do Carmo |
Durante estas visitas cheias de motivos de interesse histórico e artístico - os dois conjuntos escultóricos de João de Ruão são disso um bom exemplo - é inevitável que a minha atenção se fixe também na arte cerâmica dos revestimentos - azulejos de padrão dos séculos XVII e XVIII, azulejos de figura avulsa e painéis rococó - apesar de não terem merecido grande relevo na orientação da visita.
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Azulejos de padrão do séc. XVII na Igreja da Graça |
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Azulejos de figura avulsa formando painel com cercadura - Colégio da Graça |
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Curiosa combinação de azulejo de figura avulsa intercalado com representação de balaústres - Colégio da Graça |
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Azulejo de figura avulsa a intercalar desenhos de vasos floridos ou albarradas - Colégio da Graça |
No Colégio do Carmo fui surpreendida por um revestimento, a toda a volta do claustro, de 19 belíssimos painéis historiados ao estilo rococó ou rocaille, recentemente restaurados, ilustrando a vida do Profeta Elias.
Atribuindo-se os azulejos de figura avulsa destes colégios a fabrico coimbrão, talvez o mesmo se passe com estes painéis rocaille, dada a coincidência no tempo com a Reforma Pombalina da Universidade, com fabrico local de azulejo e telha para as obras, na Fábrica da Telha Vidrada, criada expressamente para esse efeito.
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Claustro do Colégio do Carmo com painéis de azulejos |
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A vida do Profeta Elias em painéis rococó |
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Pormenor de um dos painéis |
E ao subir ao piso superior do claustro, fiquei encantada com este silhar a toda a volta, a imitar tecido bordado, a que não faltam largos galões com borlas, uma composição que poderia funcionar lindamente como frontal de altar, à maneira dos do século XVII.
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Silhar do piso superior do claustro do Colégio do Carmo |
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Capela anexa à Igreja do Carmo com azulejos enxaquetados e magníficos painéis azulejares |
Alonguei-me talvez demasiado neste regresso, que já tardava, às publicações no blogue, mas queria muito partilhar aqui as minhas descobertas nesta interessante viagem no tempo por lugares de Coimbra. Foram tantas as surpresas e os motivos de interesse que não consegui ser mais sucinta.
Dos vários percursos realizados, de que estão já agendadas repetições para os sábados de Abril e Maio, este foi o que me impressionou mais, mas todos valeram/valem bem a pena!
Atualização: Graças à iniciativa "Percursos do Azulejo", da Rede dos Museus de Coimbra, para comemorar o Dia dos Museus a 17 e 18 de Maio de 2014, e à informação que obtive na obra de Diana Gonçalves dos Santos "Azulejaria de Fabrico Coimbrão (1699-1801)..." que se encontra online, sei agora que não só os azulejos de figura avulsa e albarradas aqui apresentados são garantidamente de fabrico coimbrão, de finais do séc. XVII inícios do XVIII, atribuídos a Agostinho de Paiva, mas também são de fabrico local os painéis historiados sobre a Vida do Profeta Elias do 3º quartel do séc. XVIII, atribuídos a Salvador de Sousa Carvalho, o silhar azul e branco que reproduz tecido lavrado e ainda os painéis com molduras recortadas que se vêem na capela da última fotografia, ambos os casos datados do 2º quartel do séc. XVIII e de autoria desconhecida.
Salvo as devidas proporções, na Alta de Coimbra passou-se algo de semelhante com o que se passou, no séc. XIX, em Paris. Disso falei, há pouco tempo, no "sítio do costume".
ResponderEliminarSaúdo, cordialmente, o seu regresso às lides bloguistas!
EliminarAgradeço o seu pronto comentário e a sua simpatia, caro APS.
Confesso que não tenho conseguido andar em dia com os seus postes mas já fui ler esse e outros textos do ARPOSE enquanto ouvia Rodrigo Leão...
Passou-se isso em Paris e em Londres também, tanto quanto eu sei. É uma sina triste que tem afectado muitos centros urbanos e de que Lisboa se livrou porque teve o trabalho feito pelo terramoto...
Saudações amigas
Olá Maria!
ResponderEliminarTinha muitas saudades das suas publicações!!
E que óptimo recomeço.Coimbra é sempre uma delícia.
Das cidades que conheço, coloco-a em lugar de destaque, em pé de igualdade com Évora.
Desconhecia por completo a origem dos edifícios da rua da Sofia.
De facto, o passeio deve ter sido deveras agradável.
Os azulejos são uma autêntica pérola!! E a escultura de João de Ruão é de cortar a respiração!
Muito obrigada por esta viagem virtual por essa bela cidade!
Um grande xi-coração desta sua leitora
Alexandra Roldão
Minha cara Alexandra
EliminarTambém eu tinha saudades da presença amiga aqui no blogue para dar dois dedos de conversa.
Coimbra tem realmente muitos tesouros patrimoniais mal conhecidos, com uma zona histórica bastante extensa - a Alta, a Baixinha, a Rua da Sofia, Santa Clara - mas em grande parte mal preservada.
Gosto imenso da cidade de Évora, uma cidade limpa, bem cuidada e luminosa, mas em termos de património , lamento discordar, acho que não está no mesmo patamar.
Convido-a a vir explorar Coimbra, com tempo, nesta época do ano.
Se quiser acompanho-a nas visitas.
Beijos
Querida Maria
ResponderEliminarMe alegro mucho de encontrarte de nuevo.
En mi próxima visita a Portugal no dejaré de visitar Coimbra,esas paredes de azulejos son preciosas
Un Beso
Querida Princesa
EliminarTambém me alegra muito a tua visita tão pronta!
Espero que na tua próxima vinda a Portugal me avises com antecedência e terei muito prazer em ir ao teu encontro.
Beijos
Maria Andrade
ResponderEliminarSaúdo o seu regresso a este mundo dos blogues. Todos sentíamos a sua falta.
Obrigado por nos ter dado a conhecer uma Coimbra menos explorada. Se de facto pude ver o novo Museu Machado de Castro e a secção de escultura é de cortar a respiração, não conheço nenhuma dessa igrejas que descreveu e que devem ser encantadoras. Adorei a azulejaria.
O Silhar do piso superior do claustro do Colégio do Carmo parece absolutamente invulgar. Adorei o pormenor da porta nos silhares rocailles. Recordou-me a sacristia do Convento de Cós, perto de Alcobaça que tinha uma porta falsa toda em azulejaria.
Coimbra por qualquer razão misteriosa, que desconheço, nunca apostou muito no seu património. E no entanto é uma cidade universitária cheia de prestígio e pergaminhos e património arquitectónico ou móvel não lhe falta. Mas, infelizmente acho tudo muito estragado, muito ao abandono. Talvez por tudo estar muito concentrado na universidade, no resto da cidade continuem a deitar abaixo casas antigas e a fazer monos e mais monos. E no entanto gosto de Coimbra. Há nela uma certa tristeza e melancolia à qual nunca fico indiferente. Possivelmente essa melancolia dever-se ao facto de ter perdido o seu estatuto de único centro universitário do País, que beneficiou durante séculos. Enfim, não sou um especialista em história de Coimbra, mas gostaria de perceber melhor a cidade.
Este seu post serviu para abrir o apetite às pessoas, para visitarem um pouco mais em Coimbra que a Universidade.
Bjos
Luís, é muito bom ser assim acolhida com palavras amigas, após estes meses de afastamento. Acredite que também a mim fez muita falta a rotina dos postes, das visitas, dos comentários... Mas, por enquanto, não vou conseguir manter a regularidade de outros tempos.
EliminarTambém tenho muita pena que Coimbra não tenha ainda merecido uma intervenção mais drástica para requalificação das zonas antigas. Na Baixinha há já recantos muito bonitos e cuidados como o Largo do Romal e ruas vizinhas, junto à Praça Velha; nos colégios da Rua da Sofia tem havido e ainda há obras em curso, mas depois há ruas e ruas com prédios muito degradados a que ninguém deita a mão. Na Alta passa-se a mesma coisa e não imagina o intrincado de ruas e travessas que se podem percorrer naquele espaço, apesar da zona destruída nos anos 40. Penso que o problema passa muito pela extensão da zona histórica proporcionalmente à dimensão da cidade e pela quantidade de prédios a necessitarem de intervenção.
Concordo consigo que a Universidade é certamente o local mais visitado, mas a fama vem-lhe justificadamente dos séculos de existência e do papel que teve em todo o espaço lusófono. E tem ali aquela pérola da Biblioteca Joanina, que eu não me canso de exaltar. Mas depois, para além dos mais conhecidos Sé Velha, Sé Nova, Santa Clara-a-Velha, Igreja de Santa Cruz e Museu Machado de Castro há dezenas de espaços de interesse histórico e cultural que pouca gente conhece, até porque alguns só abrem para visitas organizadas.
Oxalá com a recente classificação da Unesco as coisas se alterem substancialmente.
Beijos e um bom fim de semana de Páscoa
Muita Paz.
ResponderEliminarQue bom ter notícias suas.
Para além de sua atenciosa observação, que tanto agradeço e é de tanta valia, o que importa mais é sua presença e sua vida (com tudo que ama, sonha, memora, constrói, crê e espera).
Em cada contato destes, por apressados ou descompromissados que sejam, deixamos tanto de nós.
Obrigado pela visita. A possibilidade deste já bem querido prato ser português é alentosa. Gosto da faiança francesa também e tenho alguma coisa: Ruão, Quimper... Mas tenho predileção pela louça portuguesa. Foi algo que se despertou em mim lentamente, mas hoje não consigo pensar num mundo sem esses, pratos, potes e tanta coisa mais.
Agradeço pelo bom olhar para o meu Menino da Madeira. Tenho alguns meninos mais e qualquer dia posto para Você me dar uma idéia.
Quanto às telhas, se não forem SAP, foi mais o próximo que consegui. Por aqui SAP não se encontra em preços módicos. E por aí, se não me engano, o Luis comentou que não é uma louça tão difundida ou procurada.
Um abração.
Amarildo.
PS. Não repare por replicar esta resposta em seu Blog.
É que por estes dias estou exausto (da mente mesmo) e quero colocar atenção nos posts dos amigos para ter, quando possível, um comentário razoável. Ou pelo menos marcar a visita com um cumprimento cheio de sinceridade. Depois vou olhar com toda a atenção. Outro abraço.
Olá Amarildo,
EliminarQuanto às telhas de faiança, dediquei vários posts aos beirais que ainda existem por cá, sobretudo no Porto, e acho lindíssimos. Tenho lá telhas iguais a essas suas que são de fabrico SAVP, ou SAP como você diz. Veja este link: http://www.artelivrosevelharias.blogspot.pt/search/label/Beirais%20de%20faian%C3%A7a
Fico então a aguardar que tenha mais tempo para passar por aqui...
Um abraço
Muito obrigado M. A.
EliminarSeu post sobre as telhas de beiral está muito bom, sobretudo os modelos do final com as peculiaridades dessa ou daquela cerâmica. Realmente as telhas que postei tem tudo de Santo Antônio do VP ou P.
Agora aquele armazém de materiais de demolição é uma idéia brilhante. E praticamente um museu.
No Rio poderiam ter feito algo semelhante. Se não há tantas telhas e azulejos a quantidade de portais de cantaria é enorme e quanta coisa é perdida no velho centro.
Este seu post é de dar até um repuxo no coração. O que é mais belo a talha ou os azulejos? A deposição de pedra ou de madeira? (se bem que fiquei na dúvida sobre a segunda escultura. vocês aí têm também pedra policromada né?)
Esta igreja da Graça é um encanto. E a moldura dos painéis de azulejos da igreja do Carmo são impressionantes... De transpor aos Céus.
Não conhecia este João de Ruão. Interessei-me e vou pesquisar.
Um abraço.
Andei postando uns crucifixos e um quadro de Nossa Senhora pelo qual estou apaixonado. Mas não entendo muito de pintura. Talvez seja bem antigo mas gosto dele tenha que idade tiver.
Olá Amarildo
EliminarFico satisfeita por ter apreciado os postes sobre as telhas de beiral. Realmente devia haver mais bancos de materiais destes noutras cidades portuguesas e também no Brasil, assim se evitaria a perda de muitas peças antigas e interessantes.
Quanto às esculturas da Deposição no Túmulo, são ambas em pedra e ambas originalmente policromadas, mas confesso que a minha preferência vai para a que já perdeu a policromia.
Vejo que coleciona peças boas de arte sacra, oxalá possa continuar a alimentar esse seu gosto.
Um abraço
Já tinha saudade de vir aqui "falar" consigo.
ResponderEliminarFico encantado em a "ver" por aqui novamente. Fazia-nos falta, mas também entendia a sua ausência.
Gostei imenso deste passeio com que nos presenteou. Fez-me lembrar os passeios que, em miúdo, fazia por Coimbra.
E o património com que nos presenteia é de ficar ensimesmado em contemplação.
Por sorte, este património ainda está lá, mas as pessoas fugiram.
Quando criança, o centro antigo era muito mais vivo e habitado.
Lembro-me que, há 4 ou 5 anos atrás, o Luís e eu estivemos no centro de Coimbra, numa noite de passagem de ano, e nem uma janela com luz acesa se via pela baixa.
Uma cidade com um dos cascos antigos mais belos está votada ao abandono, quando não a estragam com obras que não estão nem enquadradas nem em sintonia.
Durante o dia ainda se vai vendo gente e comércio, mas pela noite Coimbra desaparece. Seguramente refugia-se nos arredores, mas é uma pena.
Da mesma sorte padece uma grande parte dos núcleos urbanos ao longo da faixa litoral.
Pombal, por exemplo, parece que foi bombardeado e, no lugar dos prédios mais bonitos e antigos, de que me lembro de antanho, nasceram abortos que descaracterizaram todo o lugar.
Não reconheço o Pombal de que me lembro de visitar na minha meninice. Transformou-se num qualquer núcleo horrível, do qual tenho sempre vontade de sair e muito pouca de entrar.
E o mesmo sucede com outras localidades similares.
A zona litoral merecia melhor sorte!
Faço votos que mantenha este alento e que nos continue a brindar com mais posts destes que tão útei são para divulgar o que temos de bom.
Cumprimentos e votos de melhores tempos
Manel
Manel, gostava muito de partilhar aqui mais experiências destas ou de voltar aos meus chás e às velharias, mas dá-me a sensação que perdi a veia para a escrita, parece que tudo sai a ferros... Resta-me a esperança de que as coisas melhorem e que eu volte a falar destes assuntos com entusiasmo.
EliminarQuanto ao tema do poste, também eu desde miúda percorri muitas vezes esta rua, geralmente nas correrias das compras ou para ir apanhar transporte ao Arnado, sem qualquer noção ou atenção a estes edifícios e à sua rica história e património. Por isso fiquei tão surpreendida com o que lá encontrei. Já tinha fotografado azulejos de figura avulsa, de fabrico coimbrão, num outro colégio logo a seguir a estes, o Colégio de S. Pedro, onde funciona uma Casa de Saúde (de muito triste memória para mim durante os acontecimentos recentes...) mas esta visita é que me encheu verdadeiramente as medidas.
Vejo que as vossas últimas vindas a Coimbra foram na época Outono-Inverno ;) o que não ajuda a uma visão favorável da cidade e do ambiente que lá se vive. Têm mesmo que agendar a próxima visita para uns risonhos e longos dias de Primavera, eu diria até final de Junho...
Um abraço e muito obrigada.
Maria Andrade
ResponderEliminarGosto muito de a ver, de novo, nestas lides do blog. Seja bem vinda!
Ninguém imagina as belezas que se escondem atrás de algumas fachadas que, por vezes, nos passam despercebidas. Estas que nos mostra são bem o exemplo das maravilhas que se escondem no seu interior. Gostei de tudo, mas especialmente dos azulejos que nos mostrou e, em particular dos de figura avulsa e do seu enquadramento tão singular, entre albarradas e balaústres.
Agradeço e despeço-me como o Manel, votos de tempos melhores.
if
Olá Ivete,
EliminarObrigada pelas boas vindas, mas infelizmente continuo com pouca disponibilidade para estas conversas, apesar da vontade que tenho em retomar a rotina de antigamente.
Coimbra tem muito património quase desconhecido, para além dos tesouros que todos conhecemos mas nem sempre são vistos e explorados como merecem.
Realmente, quanto a azulejos antigos, encontram-se por ali exemplares magníficos e muitos de fabrico local.
Beijos e obrigada
Ola Maria Andrade, como está? Estou de volta ao mundo das velharias com a abertura duma lojinha em Almeirim e hoje é o primeiro dia que tenho internet à vontade para visitar os blogs... vim aqui dar lhe uma palavrinha de carinho e um abraço muito grande pelo seu pai. É uma dor que não se explica nem tao pouco se atenua com ligeireza mas fica aqui o meu carinho de coração e um abraço apertado!
ResponderEliminarBeijinhos
Marília Marques
Muito obrigada, Marília.
EliminarAinda bem que está de volta ao mundo das velharias! O bichinho fica lá sempre, não é?
Desejo-lhe muitas felicidades para a nova loja e para a sua vida em geral.
Beijos
Cara Maria Andrade
ResponderEliminarAntes de mais peço desculpa de só agora vir aqui dizer-lhe que estou muito contente de vê-la por aqui novamente. Já sabia que tinha regressado, mas a falta de acesso a um pc que não fosse miniatura e a “rentrée” protelaram os meus votos de bom regresso a estas lides bloguista :)
Conheço mal Coimbra, que durante muitos anos foi ponto de passagem e quantas vezes, de paragem obrigatória para quem ia de Norte para Sul e vice-versa. Recordo-me bem da rua da Sofia, mas desconhecia por completo a sua história. Esses passeios culturais pelos núcleos citadinos mais antigos são muito interessantes. No Porto também há vários e creio que aqui em Braga já vai havendo uns arremessos. Fiquei deslumbrada com os azulejos que mostra. A azulejaria portuguesa é sem dúvida, única e inimitável.
Espero que continue a recompor-se com toda a tranquilidade e serenidade.
Beijinhos
Quando puder visite o meu novo blogue:) criado para divulgar as fotos dos vários azulejos que fui juntando ao longo destes últimos tempos.
http://azulejariaportuguesadenorteasul.blogspot.pt/2014/04/valega-ovar-aveiro.html
Olá Maria Paula,
EliminarAinda bem que gostou de saber mais sobre a Rua da Sofia e que apreciou esta pequena amostra dos tesouros que por lá se escondem.
Já fiz uma visita rápida ao seu novo blogue, mas vou agora deter-me mais nos pormenores :) Obrigada pelo link.
Beijinho
Que paineis lindos Maria Andrade!!! ótimos registos!!
ResponderEliminarMuitos beijinhos
Obrigada, Flávio.
EliminarVejo que continua com o seu entusiasmo por velharias.Oxalá assim continue.
Beijos também para si.
tanta coisa bonita. Pena ter perdido esse passeio.
ResponderEliminarMas haverá repetições. A próxima é já amanhã.
Eliminarolá como faço para lhe escrever? Só pode ser por aqui mesmo?
ResponderEliminarAbraços, Paulo.
São Paulo - Brasil.
Olá Paulo,
EliminarTenho um e-mail associado a este blogue para onde pode escrever:
andrade.maria82@gmail.com
Não sei se conhece a Igreja da Tocha e seus azulejos...
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