segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Chávena de Sacavém com busto de D. Manuel II


Hoje vou assinalar aqui uma efeméride:
Foi há precisamente 100 anos, 4 de Outubro de 1910, o último dia de vigência do regime monárquico em Portugal.
Embora não seja monárquica, longe disso, nutro uma simpatia muito especial pelo nosso último rei, D. Manuel II. Foi atirado para a governação ainda muito jovem, certamente amargurado pela morte violenta do pai e do irmão mais velho, e exerceu o poder por um período muito curto, de pouco mais de dois anos e meio, mas procurando resolver alguns problemas sociais. Já no exílio em Inglaterra, declarou sempre a sua grande ligação a Portugal e revelou-se um grande bibliófilo e estudioso do Livro Antigo português adquirindo e organizando livros e documentos relacionados com a nossa história. Deixou o resultado dos seus estudos em dois volumes publicados, mas a morte súbita e precoce em 1932, não o deixou publicar um terceiro volume, já preparado, publicado postumamente pela sua secretária inglesa.


Esta chávena de Sacavém é, portanto, facilmente datável. Embora a marca gravada na pasta - coroa relevada acompanhada da palavra SACAVEM - possa apontar para uma época anterior, a aplicação da estampa datará certamente do período que vai de 1 de Fevereiro de 1908, o Regicídio, a 5 de Outubro de 1910.


Só o pires  está marcado, mas na fotografia a marca é pouco visível.

1 comentário:

  1. Também não sou um grande admirador dos últimos Braganças, mas respeito o D. Manuel II, precisamente por sabe-lo um bibliófilo conceituado. Enfim, partilho consigo e com o D. Manuel a paixão pelo Livro antigo

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