Foi assim que quando eu vi pela primeira vez um vaso semelhante àquele, embora um pouco maior e com outra decoração, não lhe resisti. Foi a primeira das poucas coisas que comprei em leilão, na altura, antes do euro, por 7.500$00 o que achei muito caro. Eu até tremia ao licitar...
Ao longo do tempo fui comprando outras peças. Para este post selecionei vasos ou cachepots, alguns com defeito, que comprei relativamente baratos. Como uso alguns com plantas dentro, posso assim admirar as cores e os motivos sem me preocupar tanto em que se partam.
Acima mostro a minha segunda aquisição nesta área, com a respectiva marca. Tem lugar cativo nas minhas escadas interiores com uma planta verde que já dura há anos.
Este par de cachepots penso serem as peças mais antigas que tenho em faiança Carvalhinho, já que não constam junto à marca as anotações Hand Painted, Pintura à mão ou Made in Portugal. De qualquer forma, serão sempre posteriores a 1907, ano da publicação da obra Cerâmica Portugueza e outros Estudos, de José Queirós, uma vez que nessa obra não constam estas marcas da Fábrica do Carvalhinho. As que ele apresenta são várias versões com as iniciais FC, que foram certamente usadas no século XIX e início do século XX.
Comprei o par na feira de velharias de Espinho, com falhas no bordo, ambos a precisar de restauro, mas tive receio de que perdessem este belo brilho do vidrado e por isso dei-lhes um jeito caseiro e assim ficaram até agora.
Encantei-me por mais este exemplar na feira de velharias de Aveiro e comprei-o por 5 euros, partido e colado. Assim o tive durante algum tempo, no chão da minha entrada, com uma planta dentro, sem se notarem os defeitos. Só que levou um tombo, suponho que do felídeo cá de casa ;) e fui dar com ele em pedaços. Nessa altura, como gosto muito da decoração, decidi-me a mandá-lo restaurar. Perdeu o brilho original, mas manteve a bela decoração com os ramos de flores a cair sobre o bojo.
Na produção artística da Fábrica do Carvalhinho destacam-se pintores de mérito como Carlos Branco, Manuel Guimarães e Tenente Coronel Azevedo. Agrada-me pensar que algum deles possa ter tido intervenção na decoração destas peças pintadas à mão.
Ao longo do tempo fui comprando outras peças. Para este post selecionei vasos ou cachepots, alguns com defeito, que comprei relativamente baratos. Como uso alguns com plantas dentro, posso assim admirar as cores e os motivos sem me preocupar tanto em que se partam.
Comprei o par na feira de velharias de Espinho, com falhas no bordo, ambos a precisar de restauro, mas tive receio de que perdessem este belo brilho do vidrado e por isso dei-lhes um jeito caseiro e assim ficaram até agora.
Gostei muito não só da decoração vegetalista em dois tons de azul que cobre quase toda a superfície, mas sobretudo do medalhão, ou reserva, com um ingénuo desenho de pássaro com flores no bico. Este é um motivo recorrente na nossa faiança, provavelmente alusivo à ave bíblica com um ramo de oliveira que anunciou a Noé a proximidade de terra.
Olá Maria Andrade.
ResponderEliminarBelo post. Sou fascinada desde miúda por cache-pots,termo julgo francês, em minha casa pronunciado caspon.
A minha cor predileta também é o azul.
A minha mãe tinha um lindíssimo de Coimbra, tonalidade forte, maior que os seus, fabuloso. Pedi-lo, deu-mo. Há coisa de 2 anos a minha irmã fez uma remodelação na casa e achou que ficaria lá bem. Num jantar foi platónica, malcriada exigindo o cache-pots.
Odeio zangas e claro magoada entreguei-lho.
O que me doeu mais foi a minha mãe assistir e não ter intervido, dizendo quue eu o tinha pedido e me o tinha dado.
Enfim...desculpe,inevitavelmente o motivo do post fez-me lembrar deste triste episódio.
Ainda hei-de ter um...um dia destes.
Os seus exemplares são lindíssimos. Também sou apreciadora da pintura Carvalhinho. Tenho alguns exemplares.
Beijos
Isabel
Olá Maria Andrade
ResponderEliminarbelas peças, ótimo post pelo conteúdo pessoal.
Gostei muito do cache-pot com reserva apresentand um passáro.
abraços
Olá Maria Isabel,
ResponderEliminarAchei graça ter usado esse termo "caspon" que também me lembro de ouvir em miúda.
Já calculava que apreciasse este tipo de peças onde predomina o azul, apreciadora como é de faiança portuguesa com tons de azul.
Estou certa q encontrará um cachepot azul semelhante ao que perdeu nesse episódio familiar que a magoou. É só andar atenta nas feiras porque agora aparece de tudo a preços bastante convidativos, basta terem pequenos defeitos...
Oxalá tenha sorte!
Beijos
Olá Fábio,
ResponderEliminarDesejo sinceramente q já estejam ultrapassados os maus momentos q se viveram aí no Rio e q volte a ter mais disponibilidade para o seu blogue.
Ainda bem q gostou das peças Carvalhinho e das histórias q fui contando.
Um abraço
Beautiful post Maria...I love ceramics and the Portuguese is wonderful, I particularly love Vista Alegre china, vajillas? Gracias, for your lovely comments on my blog, you're very welcome to visit, always, so we can continue our "virtual friendship" I so cherish very much!
ResponderEliminarYes, we must be the same age, I will be 59 this Oct. and my father died 15 yrs. ago! I only have mama, que esta muy bien! Muito obligado Maria.
Abrazos.
FABBY
Hi Fabby,
ResponderEliminarSo we are both a 52 vintage crop! How wonderful!
"Young and Fifty" is my present motto and I hope to continue this way, I mean, Young and Sixty, Young and Seventy... :)
I'm so pleased you like Portuguese china! Vista Alegre is our oldest and finest porcelain factory, but the Portuguese pottery we call "faiança", together with our "azulejos" (tiles) is much older, very varied and of high quality, too.
I look forward to your next visit!
Abraços