quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tigela antiga de faiança



A propósito de um comentário ao post anterior por parte da Maria Isabel, seguidora deste blogue,  lembrei-me que tinha esta tigela ou malga ou taça, que me parece corresponder à descrição que ela faz das tigelas para o crescente do pão. Tem um restauro caseiro, mal amanhado, mas sempre deu para disfarçar uma grande esbeiçadela que tinha. Nota-se um granulado, sobretudo atrás, que forma manchas acinzentadas e que me fartei de esfregar em vão, antes de chegar à conclusão que é sujidade incorporada na pasta, causada certamente por fumo ou cinzas da cozedura a lenha.


Vivia aqui numa dependência da cave, meio desprezada, e eis que agora foi reabilitada e já teve honras de ser fotografada e exposta...

4 comentários:

  1. Olá Maria A.
    Sem dúvida, esta é de facto a malga ou tigela do crecente do pão.
    Maravilhosa, com a risca em azul, sortuda!
    Muito antiga, também ela talhada a cana, bem visível no verso.
    Que bom a ter redescoberto e mostrado para nós.
    De facto é uma peça que faz parte de todos nós que vivemos no meio rural e víamos as mulheres ou cachopos com elas nas mãos cobertas com um pano de linho no caminho da casa da vizinha. Nesse tempo trocava-se o crescente, não se guardava. Vezes que vi...tantas!
    Num repente revi a imagem da minha tia Maria de perna apressada em chinelo de dedo e avental com a malga nas mãos em passo apressado no adro a caminho da casa da ti Maria do Raúl...
    Beijos
    Isabel

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  2. Curioso.

    Essa tigela do crescente do pão só me faz recordar um penico que a Maria Isabel, mostrou há bem pouco tempo, por sinal muito bonito e que na altura nem comentei, mas isto não há tempo para tudo.

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  3. Maria A.
    Desculpe a intromissão...não resisto dizer ao Luís o que me fartei de rir...
    Oh Luís, os penicos tem uma asinha para se pegar...então!
    Um dia destes vou voltar a postar os 2 penicos para voltar a olhar para eles..
    Que pena não se lembrar da tijela do crescente lá no solar...faziam o pão, não andava lá pela cozinha...pois, para não se sujar
    Beijos
    Isabel

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  4. Olhe M. Isabel, voltei a ir ver o seu penico e acho q o Luís tem razão, o tipo de faiança e o tom de azul das riscas é o mesmo. E isso só reforça a nossa convicção de, em ambos os casos, se tratar de faiança pobre de Coimbra, embora peças diferentes, claro.
    Bjs
    Maria A.

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