Esta terrina, com prato a servir de base, digamos que é o resultado de uma montagem bem sucedida uma vez que as três peças foram compradas em ocasiões e locais diferentes.
A última aquisição foi a tampa, comprada na feira de Aveiro, e por sinal foi a mais cara. Já tinha o prato há anos, comprado na Feira da Ladra por 5 €, e a terrina sem tampa também foi lá encontrada, pouco mais cara, na última vez em que fui a Lisboa. Foi um risco relativo porque mesmo só a terrina era em si uma boa peça, mas confiei que encontraria uma tampa mais tarde ou mais cedo e eis que o improvável não demorou muito a acontecer!
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O fundo da terrina com três marcas, entre as quais o VA azul |
A terrina está marcada com VA azul, o prato tem um VA verde dos mais antigos e a tampa da terrina, como é habitual, não tem marca. Tive outro prato marcado a azul mas como o ramo de flores já estava muito gasto, ofereci-o a uma amiga que faz pintura em porcelana, para ela lhe avivar as cores, mas não vi ainda o resultado desse trabalho
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O fundo do prato com o VA verde e o algarismo 2 a dourado |
A Vista Alegre utilizou várias marcas com as suas iniciais a azul, aplicadas a pincel, entre 1852 e 1880, e no período seguinte, entre outras marcas, o VA verde portanto esta decoração terá sido usada por um período de três ou quatro décadas da segunda metade do séc. XIX.
Acho este ramo de flores pintado à mão uma delícia e também gosto muito do formato da pega e das asas, como se fossem pequenos troncos retorcidos, prolongados por folhagem em baixo relevo. Só é pena na tampa já terem perdido o dourado que lhe daria certamente outra beleza e requinte.
Olá Maria Andrade
ResponderEliminarDigamos que é uma sortuda, gostei da aposta e teimosia em encontrar o que faltava para a completar e eis que sorrateiramente encontrou. Hoje, pode gabar-se de ter a peça completa, quem diria? Valente persistência e empenho, sem dúvida.
A peça tem muito requinte, delicada e graciosa. O que gosto mais;a pega e o relevo da hera com rebordo a dourado.
Em tempos também vi numa peça e não comprei.
Elegante e de fabrico português que muito nos orgulha a fazer inveja a Sévres, Messen...
Beijos
Isabel
Cara M Isabel,
ResponderEliminarSendo eu uma apreciadora de porcelana, também me entusiasmo com a nossa Vista Alegre antiga, só que nesta área somos grandes devedores do pioneirismo, experiências e qualidade artística que se atingiu noutros países da Europa, para já não falar da antecessora e inspiradora de tudo isto q foi a porcelana chinesa. Como eu gosto de conhecer as histórias e as raízes destas coisas, sei q dificilmente atingiríamos o primor, o nível artístico, das porcelanas Meissen, Sèvres ou Capodimonte do séc. XVIII, mas
a nossa Vista Alegre também teve bons artistas e fabricou peças muito boas, mesmo no campo da modelação.
Ainda bem q gostou da minha terrina, também acho q tive muita sorte...
Beijinhos
Olá Maria Andrade
ResponderEliminarQue bonita terrina! Um motivo e cores fora do comum.
Parece uma questão de sorte,completar uma peça,comprando em diferentes ocasiões e locais, mas não o é unicamente. É, creio eu, o fruto do grande prazer que se tem, nas muitas visitas que se fazem a feiras e leilões!E,falando por experiência própria, só quem gosta realmente, consegue manter uma rotina de maneira a não deixar escapar estas oportunidades.
Nunca me aconteceu completar uma peça, tal como o fez a Maria Andrade, mas já vi em feiras diferentes, peças que se completariam, caso alguém as comprasse.
Beijinhos para si
Maria Paula
Maria Andrade, sou eu outra vez, só para lhe agradecer a gentileza de se ter tornado seguidora do meu blog.
ResponderEliminarSim, Maria Paula, é verdade q a persistência às vezes dá bons frutos...
ResponderEliminarAo princípio, quando comecei a ir com frequência às feiras de velharias, trazia para casa muito "lixo", coisas q me despertavam a atenção por qualquer motivo, mas q hoje reconheço q não têm valor nenhum. Com o tempo vamos aprendendo a ser mais selectivos até porq vamos ganhando mais conhecimento sobre as coisas e também temos mais noção do q elas valem, não o valor em dinheiro, mas sobretudo o valor cultural.
Quanto a ter-me feito seguidora do seu blogue, é o reconhecimento de q temos muitos gostos em comum, vou lá muitas vezes espreitar e assim torna-se mais prático saber quando lá tem novos posts.
Beijos.
Curioso. Os pequenos galhos são muito semelhantes a uma chávena da VA, que em tempos apresentei no blog.
ResponderEliminarAs antiguidades tem esta piada. Deve-se ter paciência e esperar. Esperar para completar a colecção, para encontrar a tampa ou o pires que nos faz falta. São pequenos objectivos que fazem as delícias do dia-à-dia de pequenos loucos como nós.
Há uns anos atrás fui à feira-da-ladra, cheio de vontade de gastar dinheiro, comprar este mundo e o outro. Mas chovia tanto, tanto, que quando lá cheguei todos os feirantes tinham abalado.
Contudo, no chão, abandonada estava uma chávena de chá da Vista Alegre, de meados do Século XIX, que era o par de um pires solto que tinha lá em casa, herdado da minha avó. Claro, metia-a no bolso e voltei todo contente com um achado estatisticamente quase impossível
Luís, o termo q aqui utilizou, "galho", é mesmo o termo adequado para o q eu chamo "pequenos troncos retorcidos", mas às vezes a palavra certa não nos ocorre...
ResponderEliminarA situação q aqui descreve (como estas histórias são motivantes!!!) foi também um verdadeiro golpe de sorte, ainda por cima a peça ficou-lhe de graça... É esse o sonho de qualquer um de nós, encontrar preciosidades, pelo menos aos nossos olhos, por um preço irrisório.
Também gostei de saber q não sou só eu q de vez em quando sinto uma vontade premente de ir comprar velharias, de encontrar uma peça especial... Isto já se deve chamar vício, mas o q vale é q nem sempre se concretiza, porq como digo à Maria Paula, já estou muito mais selectiva nas compras!
Tem q ser porq o espaço em casa já não abunda...
Olá bom dia!
ResponderEliminarTenho um quadro campodimonte e gostaria de saber onde o posso vender!
Alguém me pode ajudar?
Brigado
Olá fico muito feliz por saber que alguém tem uma terrina igual a um serviço muito antigo que existe na casa dos meus avós. durante anos não lhe deram muito valor , como a família era grande , foi utilizado inúmeras vezes no tempo da minha mãe, que em boa verdade não foi muito bem estimado. Estando neste momento disperso. A ultima descoberta que fiz sobre ele foi uma molheira lindíssima e em bom estado, tenho vários pratos de diversos tamanhos e uma grande travessa. A terrina igual a essa não está na minha posse, sendo uma pessoa de família que a tem.
ResponderEliminarBoa tarde, tenho 3 terrinas com a respectiva tampa e uma terrina redonda essa sem a tampa, tenho tbm 3 travessas do mesmo serviço. Pedi informação à vista alegre mas pedem 45.00 para certificar cada peça.
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